A Moçambique Expresso (MEX), subsidiária da LAM, retomou os voos domésticos e regionais após chegar a um acordo de pagamento de dívida com a Embraer, permitindo acesso ao suporte técnico do fabricante brasileiro. A MEX pagará à Embraer 1,17 milhão de USD em 17 parcelas até janeiro de 2025 para liquidar a sua dívida pela aquisição de jatos regionais.
Embora a MEX ainda enfrente desafios operacionais e financeiros, a sua aeronave C9-MEX operou com sucesso mais de 35 voos para a LAM, cobrindo vários destinos. A MEX tem operado vários voos regionais e domésticos para a LAM com uma frota de jatos EMB-145. No entanto, em 30 de Agosto, a subsidiária foi forçada a suspender as operações em meio a escassez de caixa, conflitos e acúmulo significativo de dívidas.
Acordo com Embraer
As dívidas acumuladas ao longo dos anos impediram a empresa de receber serviços suficientes de fabricantes e fornecedores. A MEX ainda devia à Embraer mais de 1 milhão de USD pela aquisição de seus jatos regionais. A administração da companhia aérea reconheceu anteriormente que isso limitava as suas oportunidades de solicitar suporte técnico da fabricante brasileira.
No entanto, de acordo com uma comunicação interna assinada pelo diretor-geral da empresa, Faustino Massitela, e vista pela Lusa, as partes chegaram a acordo sobre um plano de regularização de dívidas. A MEX pagará à Embraer cerca de US$ 1,17 milhão de USD, em 17 parcelas, até janeiro de 2025.
Massitela confirmou que a MEX recuperou o acesso à plataforma FlyEmbraer na última terça-feira após o acordo firmado com a fabricante. A FlyEmbraer é uma plataforma que oferece aos clientes da aviação comercial da Embraer acesso a ferramentas e serviços para gerenciar operações de frota seguras e eficientes.
A Moçambique Expresso tem dois EMB-145MP na sua frota, matrícula C9-MEK e C9-MEX, operados ao serviço da LAM. Antes da MEX interromper as operações em 30 de Agosto, o seu último voo tinha sido do Aeroporto Kenneth Kaunda de Lusaka (LUN) para o Aeroporto Internacional de Maputo (MPM), através do Aeroporto Harare Robert Gabriel Mugabe (HRE). O jato regional permaneceu inactivo durante duas semanas antes de descolar novamente no dia 13 de Setembro com um voo doméstico entre Maputo e Beira (BEW).
Embora a MEX tenha conseguido resolver um dos problemas que levaram à suspensão de seus serviços, a transportadora ainda enfrenta diversos desafios operacionais e financeiros. Segundo o Diretor Geral, a subutilização da frota do MEX reduz significativamente a sua capacidade de gerar receitas para suportar os seus custos. Além disso, a LAM não tem conseguido canalizar dinheiro suficiente para a subsidiária enquanto enfrenta os seus próprios desafios.(Carta)