A Montepuez Ruby Mining (MRM), detida maioritariamente pela britânica Gemfields (75%), vai triplicar, até 2026, a sua capacidade de processamento dos rubis extraídos em Namanhumbir, distrito de Montepuez, província de Cabo Delgado.
De acordo com uma nota de imprensa emitida ontem pela mineradora, a ideia é evoluir das actuais 200 toneladas processadas por hora para 600 toneladas por hora, permitindo que “a MRM processe seu stock considerável, traga ao mercado rubis mais variados em termos de tamanho e cor, bem como a expansão para novas áreas de mineração dentro da concessão”.
Para tal, a mineradora britânica diz ter celebrado um contrato com a sul-africana Consulmet, Limited para construir uma unidade de processamento adicional na mina de rubi da MRM. “Trata-se de um «contrato chave-na-mão de montante fixo», baseado nas boas práticas da indústria e da Federação Internacional de Engenheiros Consultores, com as obrigações de pagamento da MRM acordadas na moeda sul-africana (Rand) e equivalentes a aproximadamente USD 70 milhões (a taxas de câmbio recentes, excluindo IVA e taxas governamentais)”, detalha a fonte, estimando que 30% do valor seja pago em 2023, 60% em 2024 e o restante em 2025.
O Diretor-Geral da MRM, Prahalad Kumar Singh, citado na nota enviada à “Carta”, assegurou ser o maior investimento alguma vez feito pelo Grupo Gemfields e “representa o nosso compromisso contínuo com a província de Cabo Delgado, com Moçambique e com as nossas comunidades locais”.
A nova planta de processamento, financiada por recursos de caixa e dívida, deve entrar em operação durante o primeiro semestre de 2025. (Carta)