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segunda-feira, 29 maio 2023 07:40

Coral Sul FLNG já pagou 34 milhões de USD de receitas ao Estado

plataforma coral sul flng min

O Projecto Coral Sul FLNG, liderado pela italiana Eni que extrai e liquefaz gás natural, desde Outubro de 2022, através de uma plataforma flutuante ancorada na Área 4 da bacia do Rovuma já drenou até Maio corrente 34 milhões de USD em receitas, aos cofres do Estado, soube “Carta” de fonte segura.

 

Entretanto, a fonte sublinhou que a verba não será utilizada antes da aprovação do Fundo Soberano, cuja Lei continua longe de ser aprovada pela Assembleia da República. O Fundo Soberano é uma entidade a ser gerida pelo Banco de Moçambique e cujo objectivo é gerir receitas de mega-projectos de gás natural.

 

Em verdade, os 34 milhões de USD era o valor previsto para o ano de 2022, mas a fonte deu a entender que por problemas de comissionamento dentro da plataforma, registados nos primeiros meses, consequentemente, a produção e exportações também foram afectadas.

 

A unidade flutuante de liquefação de gás natural, instalada no alto mar, no norte de Cabo Delgado, tem capacidade para produzir 3.37 MTPA (milhões de toneladas por ano), usando os recursos provenientes do reservatório isolado Coral Sul. O primeiro carregamento de gás natural foi anunciado pelo Presidente da República, a 13 de Novembro de 2022, numa comunicação à nação.

 

O investimento para este projecto é de 7 biliões de USD prevendo-se a geração de lucros directos na ordem de 39.1 biliões de USD dos quais cerca de 19.3 biliões de USD para o Estado durante 25 anos, resultantes de Impostos (IPP e IRPC), bónus, taxas e da partilha do petróleo-lucro.

 

As concessionárias da Área 4 da Bacia do Rovuma incluem a Mozambique Rovuma Venture (MRV) S.p.A. que é uma Joint Venture co-propriedade da Eni, ExxonMobil e CNODC, com 70% de interesse participativo, a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos E.P. (ENH), com 10% de interesse participativo, a Galp Energia Rovuma B.V. com 10% de interesse participativo e a KOGAS Moçambique Ltd., com 10% de interesse participativo. (Carta)

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