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segunda-feira, 18 março 2019 17:35

Corrida às ATMs na Beira

Com a maioria das agências da banca comercial encerradas na Beira, regista-se uma autêntica corrida às contas bancárias. Os residentes da Beira precisam de dinheiro vivo para gastar na compra de víveres, nomeadamente água, pão, e também materiais de construção. Mas tem sido um transtorno.

 

Toda a Beira tinha até ao fim da tarde de hoje apenas 5 ATMs e 2 balcões do BCI a funcionarem, nomeadamente 1 balcão com 2 ATMs na estação dos CFM e 1 balcão com 3 ATMs na Praça do Município. Mas as filas eram enormes. Clientes doutros bancos usavam as máquinas do BCI para aceder às suas contas na rede SIMO.

 

O grosso das agências da banca comercial está destruído. De acordo com testemunhos recolhidos, o Barclays foi o que mais se precaveu, cobrindo com barricadas de madeira as partes expostas das suas agências, evitando a quebra de janelas. A banca foi apanhada em contrapé, sobretudo por causa da interrupção das telecomunicações e da falta generalizada de electricidade.

 

A Beira está aos poucos a acordar da tragédia. Mas é como se despertasse de um pesadelo para o outro. A cidade ainda tem frangos congelados, agora vendidos ao preço promocional de 70,00 Mts. Com a falta de energia, o comércio está a desfazer-se dos bens perecíveis. A luta por água e pão é enorme. E, a cada dia que passa depois do embate do IDAI, começa-se a ter uma ideia mais aprofundada sobre as feridas que o desastre causou, na destruição de edifícios dos mais representativos da cidade, como as instalações da Universidade Católica, o Hospital Provincial, etc. Há relatos de que no Porto da Beira, a cobertura de vários armazéns esvoaçou, prejudicando toneladas de produtos, e alguns tanques na terminal de combustíveis rolaram. (Carta)

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