A passagem do ciclone Freddy provocou prejuízos avaliados em 25.5 milhões de dólares aos Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), segundo informações divulgadas pelo Presidente do Conselho da Administração Agostinho Langa, no distrito de Mossuril, província de Nampula.
Falando na última quinta-feira na abertura do XXVI Conselho de Directores, Langa disse que estes são dados preliminares e que indicam que, com a paralisação das linhas, a empresa teve um prejuízo acumulado, só em infra-estruturas e equipamentos no sistema centro de 2.4 milhões de USD e no sistema sul, de 6.1 milhões.
Informações partilhadas pelo "Notícias" apontam ainda que os prejuízos pela falta de transporte de carga, a nível global, nas ferrovias e portos, totalizam 17 milhões. No entanto, Langa esclareceu que tais prejuízos não estavam previstos nos planos da empresa.
Em relação à eficiência operacional, Langa disse que os CFM registaram um grau de realização de 70 por cento do planeado, num ano caracterizado pela instabilidade provocada pela guerra entre a Rússia e Ucrânia e de recuperação pós-Covid-19.
“O desempenho económico-financeiro de 2022 foi positivo, os resultados antes dos impostos foram de cerca de 6.2 mil milhões de meticais contra 9.6 mil milhões de mts, o que mostra uma realização de 64 por cento e um crescimento de 29 por cento, comparativamente a 2021”, explicou.
Langa explicou ainda que o resultado operacional na área de exploração foi de 3.8 mil milhões de Mts e na área portuária a produção global em toneladas cresceu 17 por cento. Por outro lado, nos terminais sob gestão dos CFM, foram manuseadas, no ano passado, cerca de 13,2 milhões de toneladas métricas, representando 23 por cento do total manuseado em todos os portos do país e o equivalente a um crescimento de seis por cento relativamente ao mesmo período em 2021. Entretanto, Langa garantiu que a empresa continua a subsidiar o custo do bilhete do passageiro em 85 por cento. (Carta)