A Troika do Órgão de Cooperação para as Áreas de Política, Defesa e Segurança da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) reiterou o apelo dos Estados-membros para responder urgentemente aos pedidos da organização para reforçar a capacidade operacional da sua missão militar destacada em Moçambique.
Em Cimeira Extraordinária, realizada esta terça-feira na capital namibiana de Windhoek, os líderes regionais notaram a continuação de investigações em curso na sequência de um vídeo que circulou nas redes sociais mostrando elementos da missão militar da SADC a queimar corpos em Moçambique.
A cimeira reiterou que o público será informado logo que sejam concluídas as investigações. Moçambique foi representado na cimeira extraordinária pelo ministro da Defesa Nacional Cristóvão Chume.
E SADC apela ao E-swatini para iniciar um diálogo
A Cimeira Extraordinária da Troika da SADC apelou esta terça-feira ao governo do E-swatini para iniciar urgentemente um processo de diálogo nacional e exortou todas as partes interessadas a participar pacificamente no processo.
Num comunicado emitido após a sua cimeira extraordinária em Windhoek, a Troika condenou todos os assassínios e danos materiais no E-swatini, reiterando a condenação da SADC ao assassinato do activista político Thulani Rudolf Maseko.
Maseko era um importante advogado de direitos humanos e activista político e, aquando da sua morte, era presidente do Fórum Multistakeholder.
O mesmo organismo instou ainda o governo do E-swatini a conduzir uma investigação rápida, transparente e abrangente sobre o assassinato de Maseko. A cimeira observou com profunda preocupação a situação instabilidade na parte oriental da República Democrática do Congo.
Condenou veementemente o recrudescimento de conflitos e actividades de grupos armados, incluindo o grupo rebelde M23, e o apoio prestado a grupos armados por forças estrangeiras.
Enquanto isso, a cimeira elogiou o povo do Lesotho por conduzir eleições pacíficas e bem-sucedidas. Além disso, a cimeira saudou o compromisso assumido pelo primeiro-ministro do Lesoto, Ntsokoane Samuel Matekane, em dar prioridade à implementação e conclusão do processo abrangente de reformas nacionais.
A cimeira extraordinária contou com a presença do presidente da Namíbia e presidente do Órgão de Política, Defesa e Segurança da SADC, Hage Geingob. Também estiveram presentes o presidente cessante Cyril Ramaphosa e o novo presidente Hakaide Hichilema. O Órgão que é gerido numa base de Troika é responsável pela promoção da paz e segurança na região da SADC. (Carta)