A Somália rejeitou, esta quarta-feira (28), o que chamou de "reivindicação ilegal" da Genel Energy (GENL.L) sobre exploração de petróleo e direitos de exploração na região separatista da Somalilândia, no norte do país, disse o ministério do Petróleo do país.

As descobertas de hidrocarbonetos no Uganda e no Quénia e de gás em Moçambique e na Tanzânia despertaram interesse dos investidores em outras partes da África Oriental.

A Somalilândia reivindicou a independência da Somália em 1991 e tem sido amplamente pacífica, enquanto o resto do país luta com três décadas de guerra civil, mas a sua liderança não conseguiu obter amplo reconhecimento internacional.

Em comunicado, o ministério do Petróleo da Somália avançou: "rejeita categoricamente a reivindicação da Genel Energy plc de possuir direitos petrolíferos nas regiões do norte da Somália e apela à Genel Energy plc para cessar a sua reivindicação ilegal de possuir direitos petrolíferos".

O ministério do Petróleo avançou que era a única instituição legalmente autorizada a conceder licenças na Somália.

"Qualquer autorização concedida em violação das leis e regulamentos da Somália é ilegal e seria considerada nula e sem efeito", disse o ministério do Petróleo.

A empresa, listada na Bolsa de Valores de Londres, adicionou a Somalilândia ao seu portfólio de exploração em 2012 e assinou um acordo de farm-out com a OPIC Somaliland Corporation para um bloco na fronteira com a Etiópia no ano passado, segundo o seu site.

No início deste mês, a Genel disse que a sua pesquisa geotécnica na Somalilândia estava concluída. "Isso fornece os dados para planear o principal trabalho de engenharia civil, previsto para começar no ano novo", escreveu no Twitter em 15 de Dezembro.

Em Outubro, a Somália assinou um contrato de exploração de petróleo para sete blocos offshore com a Coastline Exploration, sediada nos Estados Unidos. (Carta)