As actividades na empresa australiana Twigg Exploration and Mining Ltd, que explora o grafite no distrito de Balama, sul de Cabo Delgado, ainda não retomaram devido à prevalência do "braço-de-ferro" entre os trabalhadores e o patronato.
A empresa que explora o grafite de Balama ainda não tinha chegado a consenso, até esta quarta-feira, com a comissão que representa os trabalhadores, em torno da greve que dura há um mês.
Em Setembro último, a empresa anunciou através de um comunicado que estava interessada em pôr fim à greve, acolhendo as preocupações dos trabalhadores, mas as várias rondas negociais fracassaram e os grevistas exigem o fim de ameaças contra os seus colegas apontados como cabecilhas da greve que culminou com a paralisação da empresa. A empresa considera a greve ilegal, segundo relatos de trabalhadores.
Uma trabalhadora contou à "Carta" que alguns dos seus colegas foram acusados e deverão receber notas de culpa, por alegadamente liderarem a greve, em representação de cerca de 100 trabalhadores, sem autorização do sindicato reconhecido pela empresa.
Os encontros decorrem na sede do distrito de Balama, com intervenção das autoridades locais, mas as partes ainda não chegaram a um entendimento.
Refira-se que os trabalhadores da Twigg Exploration and Mining Lda. estão em greve desde princípios de Setembro e exigem aumento de salário, implementação do plano de saúde e mudança de alguns membros da direcção devido a ameaças à massa laboral. (Carta)