A produção e impressão de cartas de condução em Moçambique passam a ser da responsabilidade total do Instituto Nacional dos Transportes Rodoviários (Introdução), informou a entidade.
“A produção física da carta de condução neste momento passa para o Estado”, disse Napoleão Sumbana, porta-voz do Inatro, citado hoje pelo canal privado STV.
A decisão surge após o país ficar por mais de seis meses sem produzir cartas de condução biométricas, em resultado de uma dívida avaliada em cerca de 40 milhões de meticais (612 mil euros, no câmbio atual) que o Estado possuía com a empresa subcontratada que imprimia os documentos: a Brithol Michcoma.
Durante a suspensão, a entidade esteve a produzir cartas de condução temporárias, cuja validade era de três meses.
A emissão das cartas de condução biométricas retomou em 11 de julho e atualmente a responsabilidade de produzir os documentos é da instituição, que está a instalar uma fábrica no seu próprio edifício em Maputo.
O porta-voz da entidade avançou que há uma empresa nova que foi contratada no processo, mas a missão desta nova companhia é instalar a fábrica e prestar a assistência técnica aos quadros do Inatro que vão operar as máquinas.
“Nesta primeira fase, a empresa [subcontratada] será responsável por garantir a assistência técnica e o processo de formação para que este conhecimento todo seja passado para os moçambicanos”, frisou Napoleão Sumbana.
As máquinas que serão usadas na nova fábrica têm a capacidade de produzir mensalmente 9.800 cartas de condução.
As novas cartas de condução que estão a ser produzidas pelo Inatro desde julho possuem características diferentes, entre as quais “a cor e disposição da identificação do condutor”, além do reforço de “dispositivos de segurança”, que passaram de 13 para 24”, segundo a entidade.(Lusa)