O Banco de Moçambique (BM) e a Associação Moçambicana de Bancos (AMB) fixaram a Prime Rate que irá vigorar nas instituições de crédito no mês de Agosto de 2022, em 20,60%, mantendo assim inalterada e elevada pelo segundo mês consecutivo.
Em Setembro de 2021, a Prime Rate situava-se em 18,60%, nível que permaneceu até Abril de 2022. Com as crises de combustíveis e de alimentos, em Maio, as duas instituições subiram a taxa para 19,10%. As crises agravaram-se, de tal modo que, em Junho, a Prime Rate subiu novamente para 20.60%. Quanto maior for a taxa, maior também é o sufoco das famílias e empresas que têm empréstimos nas instituições financeiras.
A Prime Rate do Sistema Financeiro Moçambicano é a única taxa de referência para as operações de crédito de taxa de juro variável. Esta taxa aplica-se às operações de crédito contratualizadas (novas, renovações e renegociações) entre as instituições de crédito e sociedades financeiras e os seus clientes, acrescida de uma margem (spread) que será adicionada ou subtraída mediante a análise de risco de cada categoria de crédito ou operação em concreto.
As margens de pelo menos 14 instituições de crédito (ICSF) variam no que ao crédito a particulares diz respeito, de nulo a 6%. Ainda a particulares, a margem para o crédito de consumo varia de nulo a 10.75%.
Quanto ao crédito às empresas, a margem parte de 0,50% aos 5,00% para empréstimos até um ano, ou entre 1,00% a 6,00% para prazos maiores. De acordo com o comunicado, os spreads das 17 ICSF em operações de leasing mobiliário e imobiliário, as margens partem de nulo a 5,00%.
De acordo com o comunicado que temos vindo a citar, os spreads padronizados de taxas de juro de pelo menos cinco microfinanças são mais elevados, variando de 10,42% a 51.40%. (Carta)