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quinta-feira, 21 julho 2022 03:16

Carta do Leitor: o caso de Alberto Lário

 É o único treinador de Atletismo da actualidade que apresenta resultados.

 

Os únicos atletas da modalidade, que competem internamente e que reúnem qualidades e marcas para representar a República de Moçambique,  são treinados por ele ou seja, são dele.

 

Dizem que ele, com o seu dinheiro,  financia atletas até idos das demais províncias,  aos quais os proporciona alojamento, para poderam residir em Maputo, suporta-lhes as despesas escolares e alimentação.  Ttoca, dizem que ele só cobra trabalho duro aos atletas, para justificarem o privilégio e investimentos que ele faz neles. 

 

A ser verdade, ele faz, na actualidade, o que nenhum clube consegue fazer. Ele faz o que nenhum dirigente desportivo nacional consegue fazer nos tempos actuais. Ele dá ao Desporto ou ao Atletismo onde todos querem ir tirar. Ele faz e proporciona aos atletas o que o próprio Estado Moçambicano, na actualudade, não tem como fazer porque se pudesse, não teria como não ter sido capaz de produzir um único jogador na Academia Mário Esteves Colina.

 

O que Alberto Lário faz, já deveria ter despertado as pessoas, instituições ou responsáveis do Desporto para terem atenção sobre ele e no trabalho que está a desenvolver e, já deveriam saber, que têm uma pessoa útil para o país,  daquelas que deveriam ser às dezenas portanto,  que merece ser acarinhada.

 

Acontece que o homem, sendo um dos fazedores do Atletismo, dotado de qualidades bastantes e conhecedor do valor e o fim de uma pista de Atletismo,  estando ele na fase final de preparação dos seus atletas que, competindo internamente,  lograram marcas que os torna elegiveis para os Jogos da Comanuelth e para os Campeonatos Mundiais de Juniores, insurgiu-se contra a interdição da Pista do Parque dos Continuadores aos atletas que têm de ir representar o país naqueles eventos.

 

Acontece que Alverto Lário, tem um senão:

 

Ele, tendo nascido em Moçambique ou seja, moçambicano de nascimento,  ostenta a nacionalidade portuguesa,  residindo na nossa República há décadas.

 

Há mais de 6 anos, requerer a regulamentação da situação da sua nacionalidade para que possa ser um cidadão nacional, com plenos direitos de residir na República de Moçambique sem depender do DIRE.

 

O processo dele, segundo se dia, vagueia no Ministério do Interior há 6 anos, segundo se diz, sem, nem SIM, nem NÃO, ao bom estilo dos que não fazer e não deixar que alguém faça.

 

Por Alberto Lário ter-se pronunciado publicame contra aquela decisão de interditar a Pista de Atletismo aos atletas que se preparam para as competições internacionais e não só,  alguém com influências se recordou de que o DIRE dele não estava em dia, por conseguinte,  ele era susceptivel de não só ser calado a boca, pior ser deportado. Para tal, usou-se a os Serviços de Migração, do mesmo Ministério do Interior que há 6 anos não conseguem dizer SIM ou NÃO ao seu pedido de regularização de nacionalidade.

 

Em suma, nós somos rapidamente estúpidos para estragarmos o que a todos honra ou pode honrar só para atingirmos uma pessoa.  Nós agimos como terrorista que são capazes de explodir um avião há 40.000 pés de altitude, com centenas de passageiros e tripulantes, só para atingir um americano à bordo.

 

Se Alberto Lário está em Moçambique de forma  irregular, por culpa do Estado,  o tal que não diz nem SIM, nem NÃO ao seu pedido de há 6 anos, porque não suprir essa irregularidade?

 

Quantas centenas de milhares de moçambicanos ilegais, improdutivos, sem qualquer utilidade e até criminosos residem ilegalmente nos países vizinhos? E quantos ilegais improdutivos e inúteis residem aqui?

 

Pelo Mundo fora, todos os dias chegam imigrantes ilegais entretanto, os  Estados sérios, que sabem o que querem, quando recolhem ou detêm os ilegais, fazem breves verificações:

 

Àqueles que têm profissões de que esses paises precisam, eles não deportam, só deportam os "inuteis".

 

Os úteis eles enquadram rapidamente na sua sociedade para engrandecerem o seu país, nalguns cados, como mão de obra barata mas com melhores condições do que nos seus paises de origem.

 

São paises com sabedoria, que sabem o que querem para os seus paises e cidadãos.

 

Na nossa República,  muitas instituições vivem sem agendas, vivem para recados. Qualquer um pode tramar outém. As instalações,  à mando de alguém com influências,  podem tramar tudo.

 

O Alberto Lário abriu a boca, alguém,  um sapateiro qualquer, sentindo-se ofendido,   agindo como terrorista, decidiu explodir todo um bonito e necessário trabalho que concorre para  o desenvolvimento do Atletismo Nacional, melhor do que que os resultados das Bolsas que o Comitê Olímpico Nacional e a Solidariedade Olímpica Internacional  dão  a atletas que tempos depois,  viram inutilidades por falta de acompanhamento sério. 

 

Alberto Lário como amante do Desporto dá ao Desporto onde todos só querem ocupar cargos para roubar. Para se servirem. Para poderem fazer viagens.

 

Está cultura de explodir projectos para atingir pessoas mesmo entre nacionais acontece. Se uma instituição, um corrupto estúpido ou chantagista não for satisfeito nos seus intentos, porque o operador econômico tem uma irregularidade,  no lugar de recomendar para regularizar as faltas detectadas, monta contra a sua actividade ou negócio uma campanha para deita-la à baixo, para ficarem iguais ou para lhe calar a boca.

 

Para isso organiza instituições do Estado para lhe derrubar:

 

De repente,  começa a ser visitado pelos Inspetores do Ministério do Trabalho,  da Autoridade Tributária, da Saúde,  da EDM e Águas de Moçambique, para verem a conformidade dos contadores de água e electricidade, o INAE, a Migração, a Polícia Municipal e tantas outras instituições do Estado, todas induzidas por um corrupto que, não tendo sido satisfeita a sua corrupção,  decide partir tudo para atingir alguém.

 

Todas as instituições à cima arroladas, cada uma delas inventa irregularidades, às quais aplica colossais multas, só para derrubar alguém.

 

A Polícia mesmo malta SERNIC, são capazes de serem mobilizados por um influencer para perseguirem e estragar vida de alguém   deixarem de fazer trabalho do Estado, para perseguir uma pessoa porque esta não anuiu satisfazer os desejos deste ou daquele ou porque abriu a boca.

 

Lá fora, até criminosos condenados a penas de cadeia, sendo talentos em alguma coisa, quando o interesse nacional está em causa esquecem o crime e dão a liberdade ao criminoso cujo contributo para o interesse nacional  se mostre relevante.

 

Não me recordo do nome mas, no Campeonato Mundial de Futebol de 1982, Espanga 82, a selecção nacional da Itália teve de ir resgatar  um jogador fundamental que estava a cumprir uma pena de prisão para ele poder ir representar a selecção da Italia.

 

Se não estou em erro, foi o Paolo Rossi que acabou sendo o melhor marcador daquele mundial.

 

Ao ritmo da República de Moçambique isso nem teria sido conjecturado. Na melhor das hipotese, ter-se-ia ido buscar um outro jogador a despeito de que somos trinta milhões.

 

No caso de Alberto Lário espero que o Gilberto Mendes interceda ou já deveria ter intercedido no sentido de resolver aquele assunto cujo mentor só pode estar sentado na Federação Moçambique de Atletismo ou no Fundo de Promoção Desportiva,  as instituições a quem as declarações de Alberto Lário pode ter "ofendido grandemente" com o seu posicionamento sobre a interdição do Parque dos Continuadores para se dar lugar aos preparativos de um espectáculo musical.

 

Damião Cumbane

Sir Motors

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