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quinta-feira, 07 julho 2022 16:36

Banco Central diz que preços vão continuar a disparar

banco economia

O Banco de Moçambique diz que a pressão inflacionária (subida de preços) vai continuar, a curto prazo (entre três até seis meses) devido aos impactos negativos, directos e indirectos, do conflito Rússia-Ucrânia. Ou seja, depois das crises das “dívidas ocultas” e do “Covid 19”, agora temos a crise Rússia-Ucrânia apertando o cinto dos moçambicanos.


Nesta tarde, o novo Director do Gabinete de Comunicação e Imagem do Banco de Moçambique, o economista Emílio Rungo, acabou apenas confirmando uma previsão esperada: “No curto prazo, temos a consciência de que haverá uma pressão inflacionária resultante do aumento dos preços administrados. Directamente, é o caso dos combustíveis, cujo encarecimento influencia; e indirectamente é o aumento dos preços de outros produtos e serviços, como o transporte de bens”.

 

No curto prazo, a perspectiva de pressão inflacionária é alta, disse ele. No entanto, o banco central espera que a médio prazo (até oito trimestres) a inflação voltará para níveis estáveis.

 

A 19 de Maio passado, na sua mais recente comunicação pública, o BM já alertara para a aproximação de dias difíceis. E, de facto, a inflação de Maio bateu recordes. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em comparação com igual período do ano anterior, Maio registou um aumento de preços na ordem de 9,31%, cifra nunca alcançada nos últimos três anos, mesmo durante o ponto alto da crise pandémica.

 

Para atenuar o impacto da pressão inflacionária prevista, Rungo disse que o Banco de Moçambique vai adoptar medidas de política monetária. Ele não especificou quais mas assegurou que, dentro de duas semanas, serão conhecidas novas decisões que sairão da reunião bimensal do Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique. (E.C.)

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