Apenas 39% da população moçambicana tem acesso à energia eléctrica, correspondente apenas a 12 milhões de Moçambicanos. Ou seja, ainda há muito trabalho por se realizar. Os dados foram avançados pelo Presidente do Conselho de Administração da Electricidade de Moçambique (PCA da EDM), Marcelino Gildo Alberto, durante a cerimónia do lançamento das festividades dos 45 anos da EDM.
Segundo Marcelino Alberto, durante esse período, as principais mudanças reflectiram-se no aumento de cobertura em termos de electrificação do país. “A EDM herdou os serviços de electrificação a 27 de Agosto de 1977 e, naquela altura, apenas 15 distritos estavam ligados à Rede Eléctrica Nacional e, em 2018, foi concluído o Plano de Electrificação das 154 Sedes Distritais, sendo que, actualmente, o foco é levar energia a todas as Sedes dos Postos Administrativos, até 2024”, explicou.
Por outro lado, o Director de Protecção de Receitas e Controlo de Perdas da EDM, Amilton Alisson, aponta que, durante os 45 anos, a qualidade dos trabalhadores mudou. Neste momento, a empresa tem um número bastante significativo de trabalhadores formados a nível nacional e, actualmente, pode se dizer que a EDM é assegurada por trabalhadores nacionais.
“São moçambicanos que construíram a EDM, são eles que estão a operar e estão a levar energia para todos os moçambicanos, sendo que neste momento a empresa conta com cerca de 3.600 trabalhadores, todos nacionais”, disse Alisson.
Entretanto, um dos principais desafios com que se debate é assegurar que, até 2030, todas as acções conduzam à electrificação de Moçambique, ou seja, todos os moçambicanos com acesso à energia dentro de oito anos. Porém, este objectivo traz consigo outros desafios, tais como, assegurar a fiabilidade e fazer com que a EDM seja mais eficiente a nível económico e operacional, para que esses recursos todos sejam usados no programa de electrificação do país.
Significa, para a EDM, garantir uma melhor qualidade dos trabalhadores, através de formação interna e externa e assegurar a busca dos melhores recursos fora da empresa (nas universidades, nas instituições do ensino técnico e outras) para que os mesmos deem continuidade ao legado dos trabalhadores de ontem e de hoje.
Além disso, Alisson fez uma avaliação positiva do programa de electrificação rural na medida em que tem estado a aumentar a carteira de clientes e a facturação da empresa, bem como a presença da EDM em todo o país. (Marta Afonso)