Apresentado por Mahamba CPA. A peça teatral fala da vida do Joaquim da Silva que nasceu com um talento artístico, desperdiçado por pensar que com as artes não chegaria longe. Ele conseguiu, a custa do nome que ganhara nas artes, ser contabilista em muitas empresas estatais, até parar no Ministério da Saúde, como chefe dos armazéns dos medicamentos. O poder o corrompeu e, não resistindo a tentação das curvas de uma catorzinha, vendeu a flat que ganhou da APIE sem nada dizer a família, que de repente, se viu ao relento. Hoje, despromovido até parar na morgue, por causa de roubo de medicamentos para alimentar o negócio ilícito nos mercadinhos da esquina, Joaquim da Silva é casado com uma mocinha mais nova, com intervalos de perturbações mentais causadas por um passado de violência e abusos sexuais, praticados pelo pai. Da Silva se considera um profissional da morgue. Aos temores da morte que muita gente deve ter, ele responde com uma incessante procura de gozo e prazer pelo trabalho que faz, superando as mais radicais barreiras morais e sociais em volta da morgue.
(17 de Setembro, às 18Hrs na Fundação Fernando Leite Couto)