Quando o ciclone se abateu sobre a sua cidade, Nazir percebeu que a montagem financeira que preparava para encenar um espectáculo a partir da peça da Antígona estava comprometida. Nesse mesmo dia reduziu o elenco a três actores e fez uma versão drasticamente reduzida da peça de Sófocles, e, assim, a partir dessa “ruína” dispôs-se a encenar um exercício dramático sobre a arte e a resiliência. Que questionamentos podem se fazer no meio deste cenário apocalíptico de sombra e ventania? Que luzes podem ser questionadas através da revolta de Antígona? Entre a vida e a morte, a lei natural e a lei dos humanos, quem clama por auxílio em cima das árvores?
(31 de Maio, às 18 Hrs na Fundação Fernando Leite Couto)