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10 de Março, 2025

Azagaia, já passa um ano, mas querem “saber de ti”

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O estelar rapper Azagaia morreu há um ano, exactamente no dia 10 de Março, mas, para o seu inapelável “fun club”, de dentro e fora de Moçambique, a transcendentalidade da sua “Música de Intervenção Rápida” – título-metáfora de uma das criações mais emblemáticas do cantor- torna impossível que não queiram “saber de ti”.

 

“Não querem saber de ti, não querem saber de mim” é um dos refrões do icónico tema “Declaração de Paz” do seminal “rapper, que sintetiza a sua crítica ácida a cleptocracias predadoras.

 

Quando se assinala um ano depois da sua partida, neste ódio em “Tempos de cólera” que Moçambique vive, é obra da repristinação de Azagaia uma das frases de ordem usada como ignição pelos manifestantes que têm colocado o país de joelhos, em protesto contra os resultados das eleições gerais e do custo de vida: “Povo no poder”.

 

Tomou de empréstimo esse slogan, imprimido por Samora Machel, primeiro Presidente de Moçambique e um dos heróis supremos da gesta libertária do país.

 

A repressão das autoridades a acções públicas de exaltação dos seus feitos, logo após a sua morte, era uma antecâmara do cataclismo político e económico em que Moçambique está afundado.

 

Falando na missa de homenagem de Azagaia, realizada no sábado, (8), o irmão Hélder da Luz disse que é inquestionável que o legado artístico do rapper é intemporal e a dimensão de “branding” da sua criação está a ser preservada.

 

Enfatizou que Edson da Luz, o nome de BI do rapper, deixou obras e intervenções de um quilate para a perenidade.

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