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Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

4 de Março, 2025

Polícia desafiada a conceber mecanismos de previsibilidade de actos criminais

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O secretário de Estado na Cidade de Maputo, Vicente Joaquim, desafia a Polícia da República de Moçambique (PRM) a “desenhar” estratégias que permitem prever actos criminais de modo a evitar que os residentes da capital Maputo sejam vítimas de malfeitores.

Joaquim lançou o repto ontem (03) durante a visita que efectuou ao comando da PRM da Cidade de Maputo, durante a qual recordou que o aprofundamento do estudo e ou análise da matéria ligada a segurança é um exercício contínuo e permanente que permite aprimorar medidas preventivas para abortar acções inimigas em qualquer circunstância.

“É vosso dever conceber e aprovar mecanismos que confiram previsibilidade dos actos criminais, o que requer de vós que tenham mais estabilidade emocional e mais dinamismo na operacionalidade policial para uma tomada de decisões assertiva”, vincou.

Espera da corporação a continuação de demonstração de bons exemplos no combate à criminalidade e na estabilização da cidade, na ajuda às comunidades em momentos de crises provocadas ou por fenómenos naturais ou por fenómenos sociais.

“Cada um de vós deve ser um actor activo e exemplar no estudo e ou análise de fenómenos sociais, políticos e migratórios que ponham em causa a segurança da cidade”, disse.

Joaquim fez saber que durante o ano de 2024, foram desenvolvidas acções relevantes na matéria de segurança ligadas ao combate de crimes diversos em número de 8.070 crimes contra 8.825 do período anterior, o que corresponde a uma redução em 755, ou seja, menos 8,55% por cento casos.

Explicou que dos casos acima, 7.487 foram esclarecidos, equivalentes a 92,7% de operatividade policial sendo: 5.719 crimes da família contra o Património em geral contra 6.209 anterior, 940 crimes da família contra Pessoas, contra 1.221.684 crimes da família contra a Ordem e Tranquilidade Pública contra 1.063.351 crimes da família de Perigo Comum contra 350.323 crimes da família contra Estado, contra 684 e 53 crimes da família contra a Fé Pública contra 57 crimes anteriores.

Fez saber ainda que foram, igualmente, registados 120 casos criminais relevantes, contra 90 do ano anterior, o que corresponde a mais de 33,3% casos em comparação ao período anterior. Adicionalmente, foram registados 17 casos de rapto contra 10 do ano anterior, dos quais 13 foram consumados e quatro frustrados. Dos 17 casos registados, dois foram esclarecidos com dois indivíduos detidos.

“Referenciamos que a maioria dos casos de raptos ocorreu no distrito municipal Ka Mpfumu com um total de 11 casos e as medidas tomadas em termos gerais foram comunicação a força operativa no terreno, recolha de vestígios nos locais de factos e seguimento de diligências com vista ao esclarecimento dos casos”, disse.

Em relação à violência doméstica, a fonte revelou que foram registados 1.958 casos contra 1.937 de igual período anterior, representando uma subida em 21 casos equivalentes a 1,0% de casos, dos quais 1.348 casos criminais contra 1.414.338 cíveis contra 274 e 272 casos de outra natureza contra 249 anteriores.

“Quanto ao género das vítimas, temos 1.410 correspondente a 72,1% que são mulheres e 548 correspondente a 27,9% são homens; quanto a faixa etária, 1.046 correspondente a 53,4% cento são adultos; 773 correspondente a 39,4% são crianças e 139 7.0% são idosos”, acrescentou.

Sobre os acidentes de viação e suas consequências, o Secretário do Estado na Cidade de Maputo disse que em 2024 registou-se a ocorrência de 134 casos de acidentes de viação contra 178 do período anterior, representando uma redução em 44 equivalente a 24,7% de casos.

“Neste contexto, os acidentes de viação do tipo atropelamento, foram os que mais se registaram, seguido dos de tipo choque entre carros e despistes com 90 equivalente a 67,1%, 17 equivalente a 12,6% e nove equivalente a 6,7% casos respectivamente, o que continua a demonstrar a necessidade de se intensificar as campanhas de educação vial, envolvendo, outros actores de segurança rodoviária, em locais de maior aglomeração populacional”, disse.

Concluiu afirmando que “como consequência dos 134 acidentes de viação, foram registados 415 danos contra 597 anterior, menos 182 equivalente a 30,4 por cento, sendo 285 danos humanos contra 393 e 130 danos materiais contra 204 anterior, representando assim uma redução do número de danos humanos em 108 correspondente a 27,4% e uma redução dos danos materiais em 74 equivalente a 36,2% dos casos”. (AIM)

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