INTRODUÇÃO
Moçambique encontra-se numa encruzilhada económica e energética sem precedentes. Com reservas de gás natural superiores a 100 triliões de pés cúbicos descobertas na Bacia do Rovuma, o país tem a oportunidade de se tornar um líder global na exportação de Gás Natural Liquefeito (GNL), atraindo investimentos de bilhões de dólares. No entanto, a monetização destes recursos ainda enfrenta desafios significativos que podem comprometer o impacto positivo na economia nacional.
A principal questão não é apenas quanto gás Moçambique possui, mas sim como este gás pode ser usado para transformar a economia do país. A realidade é que, enquanto milhões de dólares em receitas estão a ser gerados, a população e as empresas moçambicanas continuam a lutar para beneficiar-se plenamente desta riqueza.
Neste artigo fez-se uma análise detalhada do impacto do sector do gás natural na economia Moçambicana, considerando as projecções originais e as revisões pós-eleitorais de 2024. As análises foram elaboradas com base em fontes credíveis, como o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD). Os dados foram actualizados para reflectir as condições económicas mais recentes, incluindo os impactos das manifestações pós-eleitorais e dos atrasos nos projectos de gás natural liquefeito (GNL).
O QUADRO LEGAL DO SECTOR DE PETRÓLEOS EM MOÇAMBIQUE
A gestão do sector petrolífero em Moçambique é regulada pela Lei dos Petróleos n.º 21/2014 e pelo Decreto n.º 2/2014, que estabelecem os princípios fundamentais para a exploração, produção, comercialização e partilha de receitas dos hidrocarbonetos.
A Lei dos Petróleos n.º 21/2014: O que ela define?
A Lei dos Petróleos estabelece as regras fundamentais da exploração dos recursos petrolíferos de Moçambique:
- Soberania sobre os recursos naturais: O Estado Moçambicano detém total soberania sobre o gás natural, sendo o único autorizado a conceder direitos de exploração a empresas estrangeiras.
- Participação obrigatória da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH): A ENH deve ser accionista obrigatória em todos os contratos de exploração de gás, garantindo que Moçambique beneficie das receitas do sector.
- Regime de Partilha de Produção: Define que os contratos devem garantir que uma parte da produção de gás fique para o Estado.
- Obrigatoriedade do Conteúdo Local: Empresas internacionais devem contratar moçambicanos e utilizar fornecedores locais, promovendo a industrialização do país.
Reserva de 25% do gás para consumo interno: Moçambique deve priorizar o abastecimento da sua indústria e população antes da exportação.
O Decreto n.º 2/2014: O que regulamenta?
Este decreto define os termos contratuais específicos para a exploração de gás natural liquefeito (GNL) nas Áreas 1 e 4 da Bacia do Rovuma:
- Contratos de Partilha de Produção (CPP): Empresas estrangeiras extraem o gás, vendem-no e partilham uma percentagem das receitas com o Estado.
- Fundo de Desenvolvimento de Infraestruturas: As empresas concessionárias devem contribuir para a construção de infraestruturas nacionais.
- Venda do Gás pertencente ao Estado: O gás de Moçambique pode ser vendido via leilões ou contratos de longo prazo.
O que falta para uma aplicação eficaz da Lei e do Decreto?
Apesar das regras estabelecidas, a implementação é fraca e inconsistente:
- Baixa aplicação do Conteúdo Local: Apenas 10% das empresas fornecedoras do sector são moçambicanas (FMI, 2023).
- Falta de transparência na partilha de receitas: O país não tem acesso claro aos valores reais gerados pelas multinacionais.
- Pouca utilização do gás no mercado interno: O gás extraído é exportado quase na totalidade, forçando Moçambique a importar combustíveis caros.
O FLNG E OS PROJECTOS OFFSHORE: OPORTUNIDADES E LIMITAÇÕES
A introdução do modelo Floating Liquefied Natural Gas (FLNG), como o Coral Sul FLNG, operado pela Eni, representa um avanço tecnológico significativo, pois permite a produção e exportação de GNL directamente no mar, sem necessidade de infraestruturas em terra. No entanto, este modelo apresenta desafios que limitam o impacto económico local.
Benefícios do FLNG
- Redução dos riscos de segurança associados à insurgência em Cabo Delgado.
- Entrada rápida de receitas para o governo devido ao início precoce da produção.
- Menor necessidade de grandes investimentos em infraestruturas terrestres.
Desafios do FLNG
- Impacto económico reduzido, uma vez que as operações ocorrem no mar e não exigem infraestruturas locais significativas.
- Baixa inclusão de fornecedores moçambicanos, já que a maioria dos serviços e materiais são adquiridos internacionalmente.
- Falta de aproveitamento do gás para o consumo interno, pois quase toda a produção é exportada sem processamento local.
Moçambique precisa reequilibrar a sua estratégia, incentivando a construção de infraestruturas em terra e a criação de cadeias de valor industriais ligadas ao gás.
IMPACTO ECONÓMICO DOS ATRASOS NOS PROJECTOS ONSHORE DE GNL
A suspensão do projecto Mozambique LNG, liderado pela TotalEnergies, devido à insurgência em Cabo Delgado, representa uma perda económica superior a 15 mil milhões de dólares até 2030 (Banco Mundial, 2024). Estes atrasos reduzem as receitas fiscais e afastam investidores, comprometendo o desenvolvimento económico do país.
Os atrasos nos projectos de gás natural liquefeito (GNL) não apenas reduziram as receitas fiscais, como também agravaram o défice da balança corrente. Os investimentos na construção de infraestruturas de GNL aumentaram significativamente as importações, enquanto a suspensão dos projectos onshore limitou as exportações. O gráfico abaixo mostra a evolução do défice da balança corrente (% do PIB) entre 2022 e 2025, comparando as projecções originais com a revisão pós-eleitoral.
A previsão de redução do défice foi ajustada para um nível mais elevado, passando de 13% para 16% do PIB até 2025.
Razões para o Ajuste:
- Aumento das importações para projectos de gás: O défice atingiu 18,9% do PIB em 2023, devido às importações de equipamentos para o sector do GNL ([Banco Africano de Desenvolvimento](https://www.afdb.org/pt/paises-africa-austral-mocambique/perspetiva-economica-de-mocambique)).
- Impacto dos protestos: A queda na actividade económica resultante das manifestações gerou menor arrecadação fiscal, impedindo uma redução acelerada do défice ([RTP](https://www.rtp.pt/noticias/economia/manifestacoes-pos-eleitorais-em-mocambique-afetaram-quase-mil-empresas-e-17-mil-empregos_n1635973)).
Fontes:
- [Banco Africano de Desenvolvimento – Relatório Económico (2024)](https://www.afdb.org/pt/paises-africa-austral-mocambique/perspetiva-economica-de-mocambique)
- [RTP – Impacto económico das manifestações (2025)](https://www.rtp.pt/noticias/economia/manifestacoes-pos-eleitorais-em-mocambique-afetaram-quase-mil-empresas-e-17-mil-empregos_n1635973)
Perdas económicas causadas pelos atrasos
- Menos receitas fiscais para o Estado – Com a suspensão dos projectos onshore, Moçambique deixa de arrecadar bilhões de dólares em impostos e royalties.
- Impacto negativo no crescimento do PIB – O FMI estima que os atrasos nos projectos de GNL resultaram numa redução do PIB moçambicano em 2% em 2023.
- Fuga de investidores – O país perde competitividade para outros produtores africanos, como Senegal e Tanzania, que avançam rapidamente no mercado do gás.
Os atrasos nos projectos Mozambique LNG e Rovuma LNG, causados pela insurgência em Cabo Delgado e pela instabilidade política, afectaram significativamente as receitas fiscais e o crescimento económico do país.
O gráfico abaixo apresenta a comparação entre a projecção original e a revisão pós-eleitoral do crescimento económico de Moçambique.
A projecção de crescimento económico foi reduzida de 4% para 3,3% em 2024 e ajustada para 3,5% em 2025, devido à instabilidade política e económica resultante dos protestos pós-eleitorais.
Razões para o Ajuste:
- Impacto das manifestações pós-eleitorais: Cerca de 955 empresas foram afectadas, com 51% a sofrer actos de vandalismo e saques ([RTP](https://www.rtp.pt/noticias/economia/manifestacoes-pos-eleitorais-em-mocambique-afetaram-quase-mil-empresas-e-17-mil-empregos_n1635973)).
- Revisão da CTA (Confederação das Associações Económicas de Moçambique): A CTA reduziu a previsão de crescimento de 5% para 3,3% em 2025, alertando para a desaceleração do sector produtivo ([O Económico](https://www.oeconomico.com/crise-pos-eleitoral-ameaca-crescimento-economico-em-mocambique-cta-reve-previsoes-para-2025)).
Fontes:
- Banco Mundial – Perspectivas para Moçambique (2024)](https://www.worldbank.org/pt/country/mozambique/overview)
- CTA – Revisão das previsões económicas (2025)](https://www.oeconomico.com/crise-pos-eleitoral-ameaca-crescimento-economico-em-mocambique-cta-reve-previsoes-para-2025)
É imperativo que o Governo recupere a confiança dos investidores e implemente estratégias robustas para garantir a segurança e a retoma dos projectos.
O CONTEÚDO LOCAL E A INDÚSTRIA MOÇAMBICANA: OPORTUNIDADES NÃO APROVEITADAS
Embora a Lei dos Petróleos (Lei n.º 21/2014) imponha a obrigatoriedade do conteúdo local, menos de 10% das empresas que prestam serviços ao sector do gás são moçambicanas (FMI, 2023). O país está a perder bilhões de dólares em oportunidades de negócio por não integrar plenamente a sua economia na cadeia de valor do gás.
O que precisa ser feito?
- Revisão das quotas obrigatórias para fornecedores locais, assegurando uma participação mínima de 30% das empresas moçambicanas.
- Criação de um fundo de financiamento para PMEs, facilitando o acesso das empresas moçambicanas ao sector.
- Certificação e capacitação de fornecedores locais, garantindo que estejam aptos a competir com empresas estrangeiras.
A Nigéria já adoptou este modelo com sucesso, através do Nigerian Content Development and Monitoring Board (NCDMB), que conseguiu elevar a participação das empresas locais para mais de 50% da cadeia de fornecimento do gás.
CONSUMO INTERNO DE GÁS NATURAL: UM RECURSO MAL APROVEITADO
Embora Moçambique possua reservas abundantes de gás natural, a sua exploração tem sido predominantemente voltada para a exportação, com poucos benefícios directos para a economia interna. Abaixo, apresentamos um gráfico comparativo entre a projecção inicial e a revisão pós-eleitoral das exportações de GNL, evidenciando o impacto dos atrasos nos investimentos e desafios de segurança no sector.
As exportações de gás natural também foram revistas após as eleições, comparando os cenários iniciais e ajustados.
A participação das exportações de gás no PIB foi reduzida de 7,5% para 5,8% até 2025.
Razões para o Ajuste:
- Problemas de segurança em Cabo Delgado: Os ataques insurgentes dificultaram a expansão dos projectos onshore de GNL, afectando a produção e as exportações (Banco Mundial).
- Atraso nos investimentos estrangeiros: A incerteza política reduziu a confiança dos investidores, resultando em desaceleração na ampliação das infra-estruturas de liquefacção de gás.
Fontes:
- [Banco Mundial – Impacto do GNL no PIB (2024)](https://documents1.worldbank.org/ HYPERLINK “https://documents1.worldbank.org/curated/en/099559003092327850/pdf/IDU0e15297f30e50e04e050b25c0071917a72e9e.pdf” HYPERLINK “https://documents1.worldbank.org/curated/en/099559003092327850/pdf/IDU0e15297f30e50e04e050b25c0071917a72e9e.pdf”)
- [Banco Africano de Desenvolvimento – Projecções de exportação (2025)](https://www.afdb.org/pt/pa HYPERLINK “https://www.afdb.org/pt/paises-africa-austral-mocambique/perspetiva-economica-de-mocambique” HYPERLINK “https://www.afdb.org/pt/paises-africa-austral-mocambique/perspetiva-economica-de-mocambique”)
Falta de infraestruturas para o consumo interno
A Lei dos Petróleos prevê que 25% do gás extraído seja destinado ao mercado interno, mas este objectivo nunca foi cumprido. Enquanto isso, Moçambique importa combustíveis caros, ignorando a oportunidade de transformar o gás natural na sua principal fonte de energia industrial e doméstica.
Como resolver este problema?
- Investir em gasodutos e infraestruturas de distribuição.
- Criar incentivos fiscais para indústrias que utilizem gás localmente.
- Fomentar o uso de gás natural veicular (GNV) para reduzir os custos de transporte.
O Brasil e a Argentina já implementaram estas estratégias com sucesso, resultando em maior industrialização e redução da dependência de combustíveis fósseis importados.
GOVERNANÇA, TRANSPARÊNCIA E O FUNDO SOBERANO DE MOÇAMBIQUE
A arrecadação de receitas do gás natural e a sua alocação no Fundo Soberano dependem directamente da trajectória económica do país. No entanto, os desafios enfrentados pelo sector, como atrasos nos projectos e instabilidade política, impactaram as projecções iniciais. A tabela abaixo apresenta uma comparação entre as previsões económicas originais e a revisão pós-eleitoral, demonstrando como estes factores podem influenciar a capacidade do Fundo Soberano de garantir estabilidade fiscal e investimentos estratégicos para Moçambique.
Ano | Crescimento Económico (%) – Projecção Original | Crescimento Económico (%) – Revisto | Défice da Balança Corrente (% do PIB) – Projecção Original | Défice da Balança Corrente (% do PIB) – Revisto | Exportações de Gás Natural (% do PIB) – Projecção Original | Exportações de Gás Natural (% do PIB) – Revisto |
2022 | 4.2 | 4.2 | 15.5 | 15.5 | 2.0 | 2.0 |
2023 | 5.9 | 5.9 | 18.9 | 18.9 | 3.5 | 3.5 |
2024 | 4.0 | 3.3 | 16.0 | 17.5 | 5.0 | 4.2 |
2025 | 4.0 | 3.5 | 14.5 | 16.8 | 6.2 | 5.0 |
Com base nestes dados, observa-se que o Fundo Soberano de Moçambique pode enfrentar desafios na captação de receitas, uma vez que as exportações de gás natural, inicialmente projectadas para gerar maiores fluxos financeiros, estão a crescer num ritmo mais lento do que o esperado. Além disso, a necessidade de estabilizar o défice da balança corrente reforça a importância de uma gestão rigorosa dos recursos do Fundo, garantindo que sejam aplicados estrategicamente para maximizar o retorno económico e social para o país.
Regras do Fundo Soberano
O Fundo Soberano de Moçambique (FSM) foi criado para garantir que as receitas do gás natural sejam bem geridas e utilizadas de forma sustentável, beneficiando tanto a economia actual quanto as gerações futuras. O Fundo segue regras claras, estabelecidas pela Lei n.º 1/2024 e pelo Decreto n.º 13/2024, que definem como os recursos devem ser aplicados e fiscalizados.
Gestão e Transparência
O FSM deve publicar relatórios trimestrais e anuais detalhando onde e como o dinheiro está a ser utilizado.
As contas do Fundo são auditadas regularmente por entidades independentes para garantir transparência e evitar má gestão.As decisões de investimento seguem critérios técnicos e económicos bem definidos, sem interferência política.
Estrutura de Governação
A gestão do FSM é dividida entre várias instituições para garantir equilíbrio e fiscalização adequada:
- Assembleia da República – Aprova e fiscaliza os relatórios do FSM.
- Governo – Define as políticas de investimento e supervisiona a aplicação dos recursos.
- Banco de Moçambique – Administra o dinheiro do Fundo e executa os investimentos.
- Comité de Supervisão – Grupo independente que monitoriza a utilização dos fundos e identifica riscos.
- Conselho Consultivo de Investimento – Analisa e recomenda as melhores estratégias de investimento.
Origem dos Recursos do FSM
O Fundo recebe dinheiro principalmente das receitas da exploração de gás e petróleo, incluindo:
Impostos sobre a produção e lucros das empresas petrolíferas.
Bónus pagos quando novos contratos de exploração são assinados.
Percentagem da partilha de produção do gás e petróleo extraídos.
Política de Investimento
O FSM segue regras bem definidas para garantir que os recursos sejam aplicados em investimentos seguros e rentáveis.
O dinheiro não pode ser usado para despesas diárias do governo, exceto dentro dos limites estabelecidos pela legislação.
Existem restrições para reduzir riscos financeiros e evitar perdas desnecessárias.
O FSM representa uma ferramenta essencial para assegurar que as receitas do gás sejam geridas de forma responsável, com transparência e fiscalização rigorosa, garantindo que Moçambique possa beneficiar desses recursos a longo prazo.
ALTERNATIVAS DE PARCERIAS PARA REDUZIR A DEPENDÊNCIA ACTUAL
Moçambique precisa diversificar os seus parceiros estratégicos, reduzindo a dependência das multinacionais que actualmente dominam o sector.
Alternativas de parceria
- Guiné Equatorial – Um modelo de sucesso na retenção de valor no país.
- Brasil (Petrobras) – Experiência na integração do gás na economia interna.
- Indonésia – Desenvolvimento de infraestruturas de liquefação e gasodutos.
- Turquia – Um parceiro emergente para a exportação de gás para a Europa.
A diversificação de investidores pode garantir melhores acordos e maior retenção de valor para Moçambique.
CONCLUSÃO – MOÇAMBIQUE A CAMINHO DA PROSPERIDADE ATRAVÉS DO GÁS NATURAL
Moçambique está numa trajectória de crescimento sólido e sustentável, impulsionado pela exploração e gestão eficiente dos seus recursos naturais. O gás natural é uma das maiores riquezas do país, e a sua exploração está a ser conduzida com rigor, visão estratégica e um compromisso com o desenvolvimento nacional.
A criação do Fundo Soberano de Moçambique (FSM), regulamentado pela Lei n.º 1/2024 e pelo Decreto n.º 13/2024, demonstra o compromisso do Governo com a gestão responsável das receitas do gás, assegurando que este recurso beneficie tanto a geração actual como as futuras. Com regras claras, mecanismos de fiscalização independentes e uma política de investimentos bem definida, o FSM posiciona Moçambique entre as nações que utilizam os seus recursos naturais como motor de desenvolvimento sustentável e crescimento económico inclusivo.
Para garantir que o gás continue a impulsionar a economia e a melhorar a vida dos moçambicanos, é essencial consolidar os seguintes pilares:
Aprofundar a eficiência e a transparência na gestão do Fundo Soberano, garantindo a estabilidade económica e o crescimento sustentável.
Expandir o investimento em infra-estruturas energéticas e industriais, permitindo que o gás seja um impulsionador da produção nacional e da industrialização.
Reforçar a confiança dos investidores e do mercado internacional, consolidando Moçambique como um parceiro estratégico e um fornecedor fiável de GNL.
Promover um ambiente de negócios favorável e previsível, incentivando a participação do sector privado no desenvolvimento do gás e da economia.
Garantir que o crescimento do sector energético traga benefícios directos para a população, criando empregos, oportunidades de formação e desenvolvimento económico inclusivo.
A visão do Governo para o sector do gás assenta num modelo de desenvolvimento sustentável, inovação e crescimento económico estruturado. Os avanços registados nos últimos anos, com a entrada de Moçambique no mercado global de GNL, o fortalecimento do ambiente de investimentos e a criação do Fundo Soberano, provam que o país está preparado para transformar esta riqueza em progresso real e duradouro.
Moçambique está no caminho certo. Com compromisso, estabilidade e uma gestão eficiente dos seus recursos, o gás natural será um dos grandes motores da industrialização, da diversificação económica e da prosperidade nacional.