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segunda-feira, 22 novembro 2021 07:19

Migração nega vistos a 28 estrangeiros em Moçambique

O Serviço Nacional de Migração (SENAMI) moçambicano negou vistos a 28 estrangeiros que ficaram retidos em Tete, capital provincial do interior centro de Moçambique, devido a irregularidades na entrada, anunciou sábado aquela entidade.

 

Em causa estão “falsas declarações para a obtenção de vistos” no aeroporto de Tete, disse Amélia Direito, porta-voz do SENAMI naquela cidade. Do grupo fazem parte 20 cidadãos norte-americanos, seis ucranianos e dois russos, incluindo quatro menores.

 

Um grupo de 14 chegou a receber vistos de turismo à chegada, mas o SENAMI constatou posteriormente que o hotel que indicaram como local de estadia não funciona e que o grupo realizava “actividades religiosas” em Cateme, no distrito de Moatize, referiu a porta-voz.

 

Um dos membros do grupo indicou que esse era o procedimento seguido em anos anteriores, noutras visitas com o propósito de apoiar comunidades locais daquela província. De acordo com o SENAMI, as 28 pessoas estão alojadas em Tete, enquanto aguardam viagem de retorno aos locais de origem, que se devem realizar a partir de segunda-feira.

 

Mais de 300 moçambicanos deportados pela África do Sul numa semana

 

Enquanto isso, um total de 317 moçambicanos foram deportados pela África do Sul, entre 06 e 12 de Novembro, na sua maioria por imigração ilegal, anunciou o SENAMI. Do total, 296 foram deportados por imigração ilegal, 17 por roubo, dois por agressão física e os restantes dois por tráfico de drogas, disse Celestino Matsinhe, porta-voz do SENAMI, durante uma conferência de imprensa para actualização dos dados semanais.

 

Segundo as autoridades, os moçambicanos deportados, dos quais 309 são homens e oito mulheres, são da cidade e província de Maputo, Gaza, Inhambane, no sul do país, Manica, Sofala, Zambézia, no centro, e Nampula e Niassa, no norte de Moçambique.

 

O porta-voz do SENAMI referiu ainda que a imigração ilegal está entre as principais causas de deportação de moçambicanos, apelando para que estes cumpram as formalidades migratórias.

 

Para fugir dos altos índices de pobreza em Moçambique, a população, principalmente a mais jovem das zonas rurais do sul do país, emigra ilegalmente para a África do Sul, à procura de melhores condições de vida no país vizinho, que é uma das economias mais avançadas do continente. (Lusa)

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