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quarta-feira, 06 fevereiro 2019 20:10

Transportadores “piratas” são responsáveis pela desordem nas viagens para Gaza

Aos operadores ilegais dos transportes de passageiros, vulgo “piratas”, é atribuída a responsabilidade pela turbulência a que se assiste nas viagens para a província de Gaza, em virtude de não transportarem os passageiros até ao destino anunciado no local de partida. Na óptica dos passageiros, tal atitude não passa de uma verdadeira burla, a que as associações legalmente autorizadas ‘fecham os olhos’.

 

Normalmente, os “piratas” que criam desordem na rota que vai dar à província de Gaza têm a habilidade de convencer os passageiros a viajar nos seus autocarros estacionados fora do Terminal Interprovincial da Junta. Um transportador ‘pirata’ que falou para a “Carta” contou que normalmente os autocarros ilegais iniciam as suas viagens a partir das 4h00, por alegadamente isso evitar a intervenção dos fiscais das associações dos transportadores. Um outro truque a que os “piratas” recorrem é o da recolha dos passageiros nas respectivas residências.

 

No entanto, os piratas dispõem de uma espécie de plano B que, segundo os passageiros ouvidos pela “Carta” na terminal de autocarros em Xai-Xai, consiste em desviar as rotas depois de as viagens terem iniciado. “Eles dependem do destino mais concorrido. Carregam onde há muita gente para viajar”, disse em Xai-Xai um dos membros da associação dos transportadores legalizados.

 

A subida de preço durante a viagem, o desvio de rota, aliados à alta velocidade que põe em risco os passageiros, e por vezes furtos de vária ordem, são, de acordo com os passageiros contactados pelo nosso jornal, “coisas normais” quando se viaja nos meios de transporte ilegais. Mas há quem prefira viajar nos “piratas” por serem rápidos e não obedecerem à ‘regra’ de só arrancar das terminais depois de estarem preenchidas todas as cadeiras do carro. Em Gaza, a associação de transportadores diz estar atenta aos transportadores “piratas”, adiantando que para combatê-los está em curso uma coordenação de estratégias entre diferentes órgãos municipais e diversas associações. (S.R. em Gaza)

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