O Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) viu parte dos seus activos arruinados, em 2020, por efeitos da pandemia da Covid-19. Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) publicados em relatório anual "Anuário Estatístico de 2020" indicam que o INSS perdeu cerca de 193 contribuintes de um total de 13.236 e 29.532 beneficiários de um universo de 105.577 que ficaram no desemprego.
A província de Gaza foi a mais afectada. O relatório mostra que, em 2019, o número de contribuintes também descarrilou acentuadamente. O INE ilustra no relatório que, se em 2019 as empresas inscritas eram 502, em 2020, a queda situou-se em 412. Os beneficiários também diminuíram drasticamente. De 9.652 beneficiários sem emprego em 2019, o número caiu para metade, situando-se em 3.216 em 2020.
Manica é outra província cujas empresas registadas deixaram de laborar. O relatório mostra que, de 938 contribuintes inscritos em 2019, o número caiu para 679 contribuintes em 2020. O número de beneficiários caiu de 5.512 para 4.168 desempregados em 2020.
A província de Inhambane contribuiu também para a redução de contribuintes e constituintes. Dados da Autoridade Estatística indicam que, em 2019, o número de empresas inscritas no INSS caiu de 626 para 70. Os contribuístes também registaram uma redução de 14.150 para muito abaixo da metade, 6.379, em 2020.
Consta ainda que a província de Tete detinha 989 contribuintes inscritos, mas, em 2020, o número caiu para 577 empresas. Por consequência, o número de trabalhadores afectados também caiu drasticamente, tendo saído de 7.053 em 2019, para 4.606, em 2020.
Refira-se que, como forma de ajudar as empresas, o INSS injectou na economia 600 milhões de Meticais, através do Banco Nacional de Investimento (BNI). Perante a avalanche das empresas afectadas, o valor foi visto como uma gota de água no oceano. (Evaristo Chilingue)