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terça-feira, 19 outubro 2021 11:45

“2021 será o 2º ano em que Moçambique deixou de importar açúcar refinado” - Celso Correia

O ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, anunciou que “2021 será o 2º ano em que Moçambique deixou de importar açúcar refinado, passando a ser exportador”. Em viagem de trabalho pelo país, na preparação da Campanha Agrária dinamizada pelo Programa Sustenta, Celso Correia lembrou às centenas de novos extensionistas contratados na província de Sofala que devem transformar-se em “empresários agrários”.

 

Após visitar a Açucareira de Mafambisse, uma das mais antigas fábricas do país, recentemente maltratada pelo Ciclone Idai, o governante disse: “Poderíamos ter escolhido uma fábrica bonita ou uma fábrica nova, porque o país tem algumas, mas escolhemos escalar Mafambisse porque exactamente há 2 anos atrás esta fábrica que hoje está a funcionar enfrentou grandes dificuldades, o Idai quase que trouxe este sector abaixo”.

 

Correia destacou que a indústria do açúcar "é um dos sectores que mais exporta, é um dos sectores que mais emprega, é um sector robusto, mas é um sector que também está exposto a grandes desafios. Um dos grandes desafios é o preço do mercado internacional, que vai oscilando. Ao longo destes 2 anos trabalhamos com este sector para que eles pudessem fortalecer a sua capacidade produtiva, renovar a sua indústria, que é o mercado final para quem produz, e de facto estão a acontecer milagres”.

 

“Hoje, com muita satisfação, podemos notar que 2021 será o 2º ano em que Moçambique deixou de importar açúcar refinado, passando a ser exportador para países como Itália, Espanha e outros da Europa. Esta substituição de importações é o caminho que pretendemos. Também registamos com agrado o aumento das exportações ligeiramente, este ano, são sinais de retoma económica, sinais de que Moçambique está vivo e que está ligado ao mundo”, saudou.

 

De acordo com o titular da Agricultura e Desenvolvimento Rural, depois de ter alcançado as 360 mil toneladas de açúcar  na Campanha Agrária 2020/2021, a produção deverá crescer “em torno de 4 por cento, o que irá naturalmente necessitar de um esforço acrescido de todos nós (...) se formos capazes, em tempo útil, de implementar a nossa estratégia e o nosso pensamento será esta indústria e será este sector a levantar o Búzi depois de anos de sofrimento por conta do (ciclone) Idai”.

 

Num dos campos de cana-de-açúcar que cobrem o Distrito do Dondo, Celso Correia desafiou os 336 novos extensionistas a servirem e transformar a suas vidas.  “O triângulo de investigação, extensão e formação é um dos pilares para a transformação do meio rural porque as características dos nossos produtores é familiar e o nível de conhecimento e tecnologia ainda não responde a aquilo que são os nossos anseios por isso cabe a vocês, cabe a este exército produtivos fazer esta transformação", sublinhou o ministro Correia. (Carta)

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