Tal como nos anos anteriores, o Plano de Contingência para época chuvosa 2021/2022 inicia com um défice superior a 50% do total planificado para a sua execução. Segundo a Presidente do Instituto Nacional de Gestão do Risco de Desastres (INGD), Luísa Meque, o Plano de Contingência para a época chuvosa 2021/2022 está orçado em 10.6 mil milhões de Meticais, porém, até ao momento, estão disponíveis apenas 3.3 mil milhões de Meticais.
A informação foi avançada esta segunda-feira, no final da reunião do Conselho Coordenador de Gestão do Risco de Desastres, cuja agenda era a apresentação daquele documento anual, que visa definir as estratégias de redução de desastres em cada época chuvosa.
De acordo com Luísa Meque, o Plano de Contingência da época 2021/2022 visa assistir cerca de 1.5 milhão de pessoas, que poderão ser afectadas pelas cheias e ciclones. As previsões meteorológicas apontam a possibilidade de ocorrência de chuvas acima do normal nas regiões sul e centro, que poderão causar inundações nas bacias hidrográficas de Maputo, Umbeluzi, Incomati, Limpopo, Buzi, Púnguè, Save e Licungo.
Em conferência de imprensa, a Presidente do INGD garantiu que todos os sectores abrangidos pelo referido Plano (saúde, estradas, educação e agricultura) estão preparados para arrancar com as suas actividades. Assegura que o Governo já alocou barcos e pontes metálicas às zonas propensas às inundações.
“Temos de fazer de tudo para evitarmos perdas humanas e de infra-estruturas. Por isso, temos de planificar a tempo as acções de prontidão, resposta e recuperação”, alertou o Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho Do Rosário na abertura do encontro.
Segundo o Primeiro-Ministro, o presente Plano deve abarcar, para além das vítimas das cheias e ciclones, as vítimas dos ataques terroristas na província de Cabo Delgado e dos ataques militares na zona centro do país.
Referir que as cheias e ciclones continuam sendo responsáveis pela perda de vidas humanas, assim como pela destruição de infra-estruturas públicas e privadas. O Governo garante que já aloca 0,01% do Orçamento do Estado ao Seguro Soberano de Desastres para gestão de calamidades. (Carta)