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BCI
sexta-feira, 12 março 2021 08:20

Covid-19: PM defende que recolher obrigatório “foi uma medida proporcional à gravidade da situação epidemiológica no Grande Maputo”

Há 35 dias que a região metropolitana do Grande Maputo (que inclui as cidade de Maputo e Matola e os distritos de Boane e Marracuene) está imposta a um recolher obrigatório diário entre as 21:00 horas e as 04:00 horas, porém, só nesta quinta-feira teve uma reacção do Governo em torno da medida, altamente contestada por diversos sectores da sociedade por entenderem não haver condições para o seu cumprimento.

 

Discursando no pódio da Assembleia da República, no último dos dois dias reservados à Sessão de Informações do Governo, o Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, defendeu que o recolher obrigatório “foi uma medida proporcional à gravidade da situação epidemiológica no Grande Maputo” que, devido à elevada taxa de ocupação de camas, “apresentava um risco de colapso do nosso Sistema de Saúde”.

 

Segundo o governante, “nenhum Governo que se preocupa, de facto, com o bem-estar do povo abdica da sua responsabilidade de salvar a vida dos seus cidadãos”, pelo que, “ao decretar o recolher obrigatório fê-lo ciente de que estava a tomar uma medida cuja obrigatoriedade é, acima de tudo, de carácter cívico”.

 

“O Governo não teve qualquer pretensão de violar qualquer norma constitucional”, defendeu Carlos Agostinho do Rosário, reagindo em torno do debate em curso sobre a inconstitucionalidade da medida.

 

“Aliás, as evidências científicas indicam que o recolher obrigatório pode contribuir para reduzir até quantro vezes as taxas de transmissão e até 81% no número médio de contactos”, acrescenta a fonte, sublinhando que desde a introdução do recolher obrigatório, no Grande Maputo, a taxa da positividade e o número de internamentos e óbitos reduziram significativamente.

 

Lembre-se que o recolher obrigatório, na região do Grande Maputo, vigora desde o passado dia 05 de Fevereiro, prolongando-se até ao próximo dia 05 de Abril, data em que terminam as actuais medidas decretadas pelo Governo para a contenção da propagação do novo coronavírus. (Carta)

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