O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) anunciou a aquisição de 26 pontes modulares de aço para substituir infraestruturas destruídas em cheias, ciclones e outros desastres naturais em Moçambique, anunciou a instituição.
"As pontes modulares devem ser instaladas nos próximos meses, após a adjudicação a empreiteiros locais", sendo que o objetivo é "restaurar a circulação de transporte em regiões isoladas de Manica, Sofala, Nampula e Cabo Delgado", lê-se em comunicado consultado hoje pela Lusa. O BAD estima que cerca de 500.000 pessoas sejam beneficiadas pela iniciativa.
As pontes modulares de aço "têm uma vida útil que vai até aos 100 anos" e poderão ser usadas como "solução temporária em áreas que são vulneráveis a condições meteorológicas extremas, enquanto o Governo investe em pontes permanentes, resilientes ao clima", acrescenta.
As pontes são financiadas ao abrigo do Programa de Resiliência e Recuperação de Emergência Pós-ciclones Idai e Kenneth, que há dois anos se abateram sobre Moçambique, Zimbábue e Maláui, afetando cerca de três milhões de pessoas nos três países.
O programa está a ser implementado ao longo de quatro anos, terminando em dezembro de 2023, com um orçamento total de 100 milhões de dólares (84 milhões de euros).
O financiamento foi fornecido pelo Fundo Africano de Desenvolvimento, o braço concessional do grupo do Banco Africano de Desenvolvimento.
Moçambique é considerado um dos países mais afetados pelas mudanças climáticas no mundo. No documento 'Estratégia para Moçambique 2018-2022', o BAD identifica as mudanças climáticas como um desafio chave para o desenvolvimento e direcionou cerca de 120 milhões de dólares (101 milhões de euros) para fortalecer a resiliência do país.(Lusa)