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sexta-feira, 05 março 2021 08:20

Retomado julgamento de agentes da PRM acusados de corte ilegal de madeira em Sofala

Seis meses depois de ter sido interrompido, foi retomado e concluído, esta quarta-feira, o processo de audição de quatro, dos sete réus envolvidos no esquema de corte ilegal de madeira, na zona tampão do Parque Nacional da Gorongosa, na província de Sofala. Dos indiciados, cinco são oficiais do Comando Distrital da PRM (Polícia da República de Moçambique) na Gorongosa e dois são cidadãos de nacionalidade chinesa, estes últimos foragidos da justiça moçambicana.

 

Segundo a acusação do Ministério Público, os indiciados terão cortado mais de 500 touros de madeira da espécie mondzo e que estavam prestes a sair ilegalmente do país, lesando o Estado moçambicano em cerca de dois milhões de Meticais.

 

De acordo com algumas organizações da sociedade civil que trabalham no sector de conservação, o esquema foi despoletado graças a uma desavença entre alguns agentes da PRM e fiscais do Parque Nacional da Gorongosa.

 

“Não estou satisfeito com a ocorrência de crimes desta natureza, porque, normalmente, os danos causados por crimes ambientais são irreversíveis”, disse o Procurador Distrital da Gorongosa, Nobre Wiliamo, para quem um processo judicial sobre crimes ambientais é sinónimo de que “há um recurso florestal e faunístico abatido”.

 

Refira-se que, em 2020, 35 cidadãos foram julgados e condenados em Sofala, acusados de corte ilegal de madeira (quatro) e caça furtiva (31) no Parque Nacional da Gorongosa. Aliás, no distrito de Muanza, ainda na província de Sofala, a equipa de fiscalização distrital apreendeu, no ano passado, 155 pranchas de madeira. (O.O.)

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