Numa altura em que as aulas presenciais estão suspensas em todos os sub-sistemas de ensino (do pré-escolar ao superior), de acordo com as últimas medidas anunciadas pelo Chefe de Estado, no passado dia 04 de Fevereiro, no quadro do combate à Covid-19, a direcção do Instituto Superior de Gestão, Comércio e Finanças (ISGECOF) decidiu marcar exames normais presenciais.
Uma nota na posse da “Carta”, datada de 07 de Fevereiro, com nº 003/GDG/ISGECOF/2021 e assinada pelo Director-Geral da instituição, Júlio Gonçalves Cunela, convoca os estudantes a realizar exames presenciais referentes ao ano académico 2020 entre os dias 08 e 16 de Fevereiro corrente.
A referida nota, aliás, contraria outra que fora emitida no passado dia 05 de Fevereiro, que ordenava a realização dos referidos exames normais e de recorrência com o recurso às plataformas digitais (google classroom, Zoom, TeamLink, VooV Meeting, WhatsApp, entre outras.
A decisão criou polémica na comunidade estudantil, que avança haver 10 casos positivos do novo coronavírus na instituição, entre eles um estudante que teve contacto com vários colegas que, por sua vez, aguardam pelos resultados dos exames. Aliás, a direcção da escola obriga todos os estudantes a realizarem os referidos exames, pois, correm o risco de reprovar.
“Carta” esteve no local, semana finda, para apurar os factos e confirmou a presença de estudantes nas salas de aulas, contrariando a decisão tomada pelo Presidente da República. À nossa reportagem, os estudantes garantiram que a insistência da direcção, em realizar exames presenciais, visa obrigá-los a pagar as propinas referentes ao mês de Fevereiro.
A nossa reportagem conversou com a Directora Pedagógica e Académica do ISGECOF, Teresa Adriano, que não confirmou a existência de casos positivos na instituição, alegadamente porque as pessoas não se pronunciaram. O único caso do conhecimento de Teresa Adriano é de um estudante que, há alguns meses, esteve infectado pelo novo coronavírus, mas que já se encontra totalmente recuperado.
Segundo a Directora Pedagógica e Académica do ISGECOF, a instituição decidiu marcar exames presenciais, depois de uma consulta minuciosa às entidades competentes. A gestora acusou os estudantes de quererem criar agitação, pois, os exames online seriam feitos por outras pessoas e não pelos estudantes. (O.O. & M.A.)