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BCI
segunda-feira, 07 janeiro 2019 03:30

CIP: “O governo deve suspender imediatamente a reestruturação da dívida”

O Centro de Integridade Pública (CIP) divulgou uma nota de imprensa em reacção a acusação do Grande Juri do District Court de Nova Iorque, Estados Unidos da América, face aos envolvidos nas “dívidas ocultas”. Sublinhando que “Moçambicanos, esta dívida não é nossa! Não aceitamos pagar!”, o CIP exige que o governo  suspenda imediatamente a reestruturação da dívida das três empresas, o que significa a suspensão de todos os acordos firmados com os credores internacionais detentores dos títulos das dívidas ocultas.

 

Todos os funcionários e membros do governo acusados pela justiça norte-americana de receber suborno no âmbito da contratação das dívidas, devem cessar imediatamente as suas funções até que o caso seja cabalmente esclarecido, pede CIP. O silêncio “profundo” dos órgãos de Soberania Nacional não impede esta organização anti-corrupção, de solicitar à Procuradoria-Geral da República (PGR) a usar os mecanismos de cooperação disponíveis para obter junto da justiça norte-americana informação relevante sobre os moçambicanos acusados de receber subornos de modo a que sejam responsabilizados internamente.

 

A detenção de Manuel Chang, na África do Sul, e de outros três antigos funcionários do Credit Suisse, em Londres, e de um intermediário libanês da Privinvest em Nova Iorque são acontecimentos que tornaram o processo, quase arquivado, das dívidas ocultas um centro de atenções a nível nacional e internacional. Refira-se que a dívida de mais de 2 mil milhões de dólares foi contraída pelas empresas moçambicanas ProIndicus, EMATUM e MAM com garantias do Estado. (Carta)

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