Todos os funcionários e membros do governo acusados pela justiça norte-americana de receber suborno no âmbito da contratação das dívidas, devem cessar imediatamente as suas funções até que o caso seja cabalmente esclarecido, pede CIP. O silêncio “profundo” dos órgãos de Soberania Nacional não impede esta organização anti-corrupção, de solicitar à Procuradoria-Geral da República (PGR) a usar os mecanismos de cooperação disponíveis para obter junto da justiça norte-americana informação relevante sobre os moçambicanos acusados de receber subornos de modo a que sejam responsabilizados internamente.
A detenção de Manuel Chang, na África do Sul, e de outros três antigos funcionários do Credit Suisse, em Londres, e de um intermediário libanês da Privinvest em Nova Iorque são acontecimentos que tornaram o processo, quase arquivado, das dívidas ocultas um centro de atenções a nível nacional e internacional. Refira-se que a dívida de mais de 2 mil milhões de dólares foi contraída pelas empresas moçambicanas ProIndicus, EMATUM e MAM com garantias do Estado. (Carta)