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quarta-feira, 01 abril 2020 06:22

Covid-19: Governo diz haver produtos alimentares para gerir período de emergência

 

Vinte e quatro horas depois de o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, ter decretado o Estado de Emergência, como forma de conter a propagação da pandemia do novo coronavírus, que já infectou oito pessoas, de um total de 267 casos suspeitos, em todo país, o Conselho de Ministro (CM) garantiu, esta terça-feira, que o país possui produtos alimentares capazes de suportar os cidadãos durante o período de três meses.

 

Segundo o Porta-voz da Sessão, Filimão Suazi, a preocupação existente, neste momento, é relativamente ao frango e ao trigo, mas que serão ultrapassados. “Não se trata de uma questão de falta de trigo. Trata-se de uma questão de desalfandegamento, portanto, está se tentar correr com estes processos aduaneiros para que o produto esteja disponível para as nossas fábricas e nossas casas”, afirmou.

 

Na sua explanação, o também Vice-Ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos afirmou que, neste momento, estão sendo estabelecidas parcerias entre os grandes armazenistas e retalhistas do sector informal, de modo a se mitigar os efeitos das decisões que foram tomadas quer a nível da África do Sul, quer a nível do nosso país.

 

Sublinhou não haver necessidade de haver especulação de preços e muito menos “açambarcamento” de produtos por ainda não haver razões para tal.

 

Questionado sobre as medidas a serem tomadas pelo Governo, durante o período de emergência, o Porta-voz do Conselho de Ministros afirmou que estas serão anunciadas oportunamente, depois da ratificação do documento pela Assembleia da República.

 

“São várias medidas que poderão ser tomadas e o governo ocupou-se muito de discutir. Mas, como deve imaginar, há um respeito por aquilo que é a separação de poderes. É de todo interesse do governo materializar todas situações que são cabíveis no âmbito da declaração do Estado de emergência”, sublinhou a fonte.

 

Sobre o arranque ou não das restrições, esta quarta-feira, 01 de Abril, Filimão Suaze afirmou que tudo será explicitado pelo Governo, no momento em que for a anunciar as medidas, tanto no que tange a circulação de pessoas, assim como de transportes e na provisão de serviços básicos.

 

Sublinhar que conferência de imprensa de ontem, Suazi foi confrontado com a situação dos ataques, em Cabo Delgado, onde os insurgentes atacaram, semana finda, as vilas de Mocímboa da Praia e de Quissanga. Sobre este assunto, Suaze disse que ainda não podia avançar o número de óbitos, tendo reconhecido que a situação tem provocado a deslocação de pessoas daqueles pontos para a capital provincial, Pemba, ou até a cidade de Nacala, na província de Nampula. (Carta)

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