O antigo estadista moçambicano, Joaquim Chissano, defendeu que a única saída para os conflitos que se vivem no centro e norte de Moçambique é que haja união entre os moçambicanos. Chissano respondia, assim, a uma questão colocada pela imprensa, relativamente aos possíveis caminhos conducentes a uma paz efectiva.
Para Joaquim Chissano, a solução passa por “todos os moçambicanos, sem distinção de cor partidária, estarmos unidos para encontrarmos formas de acabar com estes conflitos. O conflito do centro é diferente do conflito do norte, mas a solução é a mesma. No norte acrescentamos a necessidade de uma maior cooperação com a comunidade internacional, sendo os nossos vizinhos em primeiro lugar”.
Numa outra passagem da breve entrevista que concedeu aos media, Chissano defendeu que “o Presidente Nyusi deve falar menos e fazer mais”.
Relativamente à aposta do novo executivo em apontar a empregabilidade da juventude como prioridade, Chissano disse: “emprego é uma questão de desenvolvimento, portanto, como nós estamos optimistas que o desenvolvimento deve acontecer a breve trecho, obviamente que há que priorizar o emprego, até porque emprego não é coisa que se compra na loja e depois distribui-se, mas sim é algo que se cria conforme o desenvolvimento”.
Joaquim Chissano explicou que tudo depende da juventude, pois esta já foi ensinada a inventar e inovar, incluindo inventar o que fazer, para satisfazer a sua vida e a de seus amigos.
“Temos tudo que é necessário no país, temos a terra, temos um clima que, apesar de variações, não é dos piores no mundo, temos uma juventude com todas as escolas necessárias. Ensinamo-los a ser empresários, a ser empreendedores, por isso, mandamo-los para a escola, porque nós não sabíamos fazer tudo isso”, adiantou o antigo estadista moçambicano.
Acrescentando o posicionamento acima citado, Joaquim Chissano instou os jovens a usarem os conhecimentos científicos e tecnológicos adquiridos para inventarem e inovarem para que possam criar autoemprego e emprego para os outros, embora o governo esteja empenhado em trazer investimentos como tem feito.
De acordo com o antigo presidente, o desenvolvimento da economia moçambicana depende da entrega da juventude e do trabalho que o governo tem feito ao longo dos anos, tal como foi o caso da renovação de regadios, a construção de estradas e pontes, a expansão da energia e a criação de bases de desenvolvimento que a juventude deve usar. (O.O)