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sexta-feira, 01 novembro 2019 04:14

Mulheres raptadas por insurgentes em Muidumbe

Três mulheres foram raptadas pelos insurgentes, na manhã da última terça-feira (29 de Outubro), na zona baixa de Miangalewa, no distrito de Muidumbe, província de Cabo Delgado. Segundo relatos colhidos pela "Carta", em Cabo Delgado, as vítimas foram raptadas, quando se dirigiam à machamba à procura de produtos alimentares para espantar a fome, que se abate sobre a população dos distritos afectados pelos ataques, que se verificam naquela região do país desde 05 de Outubro de 2017.

 

Conforme apurámos, as três vítimas faziam-se acompanhar de outra sobrevivente e de um homem, que terá sido decapitado. As fontes narram que, após a captura, os insurgentes decapitaram o homem e “pouparam” a sua esposa para que se tornasse testemunha ocular do macabro acto.

 

Entretanto, segundo as fontes, outro caso de rapto deu-se no passado domingo, 27 de Outubro, na mesma região, onde foi raptada também uma mulher, quando regressava da sua machamba na companhia do seu marido, porém, garantem as fontes, também terá escapado dos “raptores”.

 

Deslocar-se em diversos pontos da província tornou-se um exercício “suicida”

 

Aliás, deslocar-se de um ponto para o outro naquela região do país tornou-se um “exercício suicida”, pois, de acordo com as fontes, um cidadão que seguia viagem num transporte público, na manhã daquele domingo, de Palma para Pemba, foi entregue às autoridades policiais, na aldeia Mitambo, no distrito de Meluco, por suspeita de ser integrante do grupo.

 

Narra a fonte que o indivíduo tentou justificar a sua proveniência junto dos outros passageiros, com recurso ao cartão de eleitor e a um requerimento (cujo conteúdo não foi partilhado) feito no Posto Administrativo de Quionga, em Palma, mas sem sucesso.

 

Já na aldeia Manica, no Posto Administrativo de Mucojo, distrito de Macomia, garantem as fontes, um grupo de caçadores escapou à morte, depois de ter sido bombardeada por helicópteros, após ter sido colocada na linha do fogo pelos drones, responsáveis pela vigilância da zona e identificação do inimigo. Porém, o grupo de caçadores acabaria fazendo sinal aos militares, que cessaram fogo. (Carta)

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