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BCI
terça-feira, 04 junho 2019 07:09

Ainda sobre o Aqua Park: Organização reconhece não conhecer o número real de mortos

Quarenta e oito horas depois da tragédia que matou cinco pessoas, no passado dia 01 de Junho, no espaço Aqua Park, na cidade de Maputo, os organizadores do evento (‘Lizha Só Festas’) dizem ainda não conhecer o número de pessoas que pereceram, assim como deram entrada no Hospital Central de Maputo, em resultado do incidente que “enlutou” o Dia Internacional da Criança, na capital do país. A única informação de que dispõem é a morte de cinco pessoas, sendo que já foram identificadas as famílias de três vítimas.

 

A informação foi avançada pela advogada da organização, Ivete Espada, durante uma conferência de imprensa, realizada esta segunda-feira (03 de Junho), na capital do país, na qual a organização reagia ao incidente, ocorrido naquele evento.

 

Numa conferência de imprensa, que durou quase 30 minutos, Ivete Espada garantiu ainda que a sua cliente não se irá responsabilizar pelo que sucedeu na saída do local do show, porque “não é de Lei”, sobretudo, porque o acidente aconteceu do lado de fora, depois do espectáculo ter terminado.

 

Espada disse ainda que o espaço Aqua Park, que acolheu o evento da “Lizha Só Festas”, tem cinco hectares e 5.000 m², com capacidade para receber 20 mil pessoas, sendo que os donos do espaço disseram que podiam receber até 15.000.

 

No entanto, os organizadores garantem ter vendido apenas 8.500 bilhetes, assim como não houve nenhum afogamento, tal como se escreve nas redes sociais, porque “a água das piscinas do Aqua Park não é suficiente para que um indivíduo se afogue”.

 

Entretanto, a advogada assegurou que o evento começou por volta das 10 horas e terminou pouco antes das 18 horas e, do ponto de vista dos organizadores, o incidente pode ter acontecido fora do Aqua Park, porém, preferem deixar a polícia trabalhar para esclarecer as reais causas das mortes.

 

Em relação às condições para a evacuação das pessoas do local do evento, Ivete Espada disse que existiam três portões abertos com cerca de 4.5 metros de comprimento cada e, por causa da confusão que se verificou na saída, os bombeiros foram obrigados a arrombar o quarto portão que, por norma do estabelecimento, não deve ser aberto nunca.

 

A fonte revelou que, para manter a segurança dos participantes, a “Lizha Só festa” contratou uma empresa de segurança privada, denominada “Jaguar Segurança”, que disponibilizou 60 homens e um número não especificado de segurança pública. No local, segundo esclarece a fonte, havia ambulância, corpo de salvação pública e agentes da Polícia de Trânsito.

 

Sobre o segundo dia do evento, a advogada garantiu estarem a ser criadas as condições para devolução do valor a todos os que compraram os bilhetes, num local ainda por anunciar.

 

Segundo a patrona da firma organizadora do evento, Elisa Jaime, tratada no meio artístico por Lizha James, já endereçou condolências às famílias enlutadas e disse estar sentida com o que aconteceu, sobretudo, porque as pessoas se fizeram ao local na expectativa de vê-la cantar.

 

A cantora acrescentou que irá participar de todas as cerimónias fúnebres, de modo a confortar as famílias enlutadas e promete ajudar as mesmas dentro das suas possibilidades. (Marta Afonso)

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