A intenção foi manifestada no município da Matola, sul de Moçambique, pelo Presidente daquele Estado lusófono, José Ramos Horta, durante a visita às instalações de Aga Khan. Horta disse que o seu país dispõe de quadros suficientes formados nas diversas áreas das ciências humanas, sendo que as áreas de ciência e tecnologia, que têm sido aposta na maioria dos Estados, ainda registam poucos quadros.
“Temos muitos doutorados em filosofia, teologia em relações internacionais, mas poucos em ciências de tecnologias em digitalização, em inteligência artificial, em medicina, em economia, indústria”, disse.
Horta abordou sobre a necessidade de se aprofundar o estudo das questões sobre captação dos recursos hídricos e sobre as novas fontes de produção de alimentos.
“Estudem sobre questões de água porque o mundo está com dificuldades e vão ser muito graves no futuro. Há carência de água para o ser humano. Apenas 1% da água potável existente no mundo é acessível à população mundial”, disse.
“Já começa a existir grandes carências de águas em vários países do mundo. Estudem novas formas de captação de água de chuva, ou água através do orvalho e novas fontes de alimentos que não dependam muito de água de chuva e que não dependam muito de irrigação”, vincou.
Tratou-se da primeira visita de Estado que o presidente timorense realizou a Moçambique, desde que ascendeu à presidência daquele país falante da língua portuguesa em Maio de 2022. (AIM)