A Organização da Mulher Moçambicana na Zambézia (OMM) dirigiu uma carta ao Presidente do Partido Frelimo exigindo a reposição dos seus assentos, alegadamente retirados a favor dos membros da Organização da Juventude Moçambicana (OJM).
“Dirigimos a presente carta para exigir o cumprimento da quota dos 35%, segundo a directiva sobre eleições internas do Partido, visto que nos foram conferidos apenas dois lugares, em benefício da OJM, [tem direito a 22%] que somou nove lugares, desvalorizando assim o papel da mulher no partido”, refere a carta.
As mulheres da Zambézia alegam que os seus assentos foram entregues aos jovens empresários por terem pago valores avultados e as namoradas dos chefes do partido, e solicitam a anulação dos resultados.
No documento, a OMM diz que o Secretário Provincial do Partido tem tendências de ser corrupto e tribalista, preferindo chumbar o Primeiro Secretário de Namacurra por este ser chuabo, para aprovar o Primeiro Secretário de Lugela por ser seu conterrâneo.
“Como se não bastasse, no processo eleitoral não houve nenhum pingo de transparência, as mulheres foram total e absolutamente humilhadas e proibidas de assistir de perto à contagem dos votos”.
A OMM refere que, desde a ascensão ao poder do Primeiro Secretário Provincial Paulino Lenço e do Secretário de Mobilização, Manuel Franco, tem estado a dividir o partido em alas, a partir da base até ao topo, com recurso ao regionalismo. (M.A)