O jovem Edson Nhassengo que assassinou à facada a esposa, Celina Nhambi, no último dia 14 de Janeiro, na sua residência na Matola-Rio, província de Maputo, tendo posteriormente atirado o corpo para uma lixeira nas proximidades, foi reconduzido às celas nesta segunda-feira (29). Ele tinha sido restituído à liberdade, mediante Termo de Identidade e Residência e pagamento de uma caução de 100 mil meticais.
Quando foi solto, poucos dias depois de se entregar à polícia e ter confessado o crime, soube-se que foi o próprio pai que contactou os órgãos de comunicação social para mostrar a sua indignação pelo facto do filho não ter sido responsabilizado pela justiça pelo crime de homicídio. Nessa altura, várias campanhas foram desencadeadas nas redes sociais e por diferentes organismos da sociedade civil para que a justiça fosse feita.
A tia da vítima, Emelina Cossa, reiterou o seu sentimento de gratidão pelo papel exercido pelos órgãos de comunicação social, em particular pela “Carta”, na divulgação deste assunto e acredita que agora a justiça será feita.
“A nossa oração para que a justiça fosse feita foi ouvida. A mãe da Celina também se encontra bastante satisfeita. Ela sentia-se desamparada pelo facto de não ter condições financeiras e chorava dia e noite com a soltura do jovem”.
Para a tia da vítima, neste momento, a vitória da família reside no facto de saber que o jovem não só recolheu às celas como também perdeu o dinheiro que deu ao tribunal para a sua soltura.
“Somos gratos por tudo que está a ser feito neste momento. A gratidão é enorme, embora seja um pouco difícil ter que explicar ao filho da minha sobrinha que a mãe perdeu a vida, assassinada pelo próprio marido. A minha cunhada não tem condições, mas com o pouco que ela conseguir vai sustentar o neto deixado pela Celina Nhambi”, detalhou a tia. (M.A.)