Um tribunal da África do Sul condenou a um ano de prisão quatro moçambicanos envolvidos em mineração ilegal no sudoeste de Joanesburgo, por posse de metais preciosos, anunciou ontem a Polícia Sul-Africana (SAPS).
“Mazuwa Zachariah Mthimkhulu, de 18 anos, Phillip Elia Mashawa (18), Mateu Muhlanga (18) e Phillip Sithole (23), foram condenados a 12 meses de prisão efetiva no Tribunal de Klerksdorp, em 12 de dezembro de 2023, por posse de metais preciosos em bruto e violação da Lei de Imigração”, salientou a força de segurança, em comunicado ontem divulgado.
Os acusados foram presos no passado mês de julho na área de Ysterspruit, próximo de Jouberton, a cerca de 180 quilómetros a sudoeste de Joanesburgo, a capital económica do país, onde desenvolviam atividades de mineração ilegal, segundo a polícia sul-africana.
Na África do Sul, a exploração mineira ilegal é frequente, em especial na província de Gauteng, onde se situa a cidade mineira de Joanesburgo. Em novembro, o Governo sul-africano considerou que a exploração mineira ilegal representa uma ameaça à segurança nacional do país, que é um dos maiores produtores mundiais de ouro, platina e diamantes.
“A mineração ilegal também tem sido associada a outros crimes como o tráfico de seres humanos, o branqueamento de capitais, o tráfico de armas e explosivos ilegais, a evasão fiscal, a imigração ilegal e o crime organizado transnacional”, frisou a ministra da Defesa, Thandi Modise.
A governante sul-africana revelou que até à data foram detidas mais de 4.000 pessoas por envolvimento na exploração mineira ilegal no país, entre os quais mais de 2.000 cidadãos estrangeiros do Zimbabué, Moçambique, Lesoto, DRCongo, Nigéria, Quénia, Paquistão e Uganda.
O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, aprovou no mês passado o destacamento de 3.300 efetivos do exército para impedir a exploração mineira ilegal em todo o país. (Lusa)