A Ministra da Educação e Desenvolvimento Humano, Carmelita Namashulua, reagia à morte do professor Telvino Manuel Benedito, em Mocuba, província da Zambézia, no passado dia 02 de Dezembro, em circunstâncias estranhas. O professor, que estava afecto à escola primária de Muedamanga, foi encontrado sem vida pouco depois de ter recebido ameaças de alguns responsáveis máximos do distrito de Mocuba.
Antes da morte, ele havia denunciado um suposto esquema de descontos salariais protagonizado pelo Coordenador da ZIP, que na altura acabou refutando as acusações.
“Não podemos intimidar os nossos colegas. Se há uma situação anómala, a mesma deve ser denunciada e, desta denúncia, ninguém deve ser morto. A nossa legislação não permite isso”, disse Carmelita Namashulua durante a visita de trabalho à província da Zambézia.
“Nós condenamos esse tipo de acto, mas vamos deixar o SERNIC investigar o caso e tenho a certeza de que, dentro em breve, vai esclarecer esta ocorrência”.
Na sua intervenção, a Ministra da Educação e Desenvolvimento Humano deixou claro que, caso se associe a morte do professor com as pessoas que retiraram ou descontaram os salários, estas serão severamente punidas, visto que o seu sector pauta pela boa administração e observância das normas de actuação na gestão escolar.
Na ocasião, a governante deixou instruções para que seja canalizado o devido apoio à família enlutada como forma de confortá-la. “Esperamos que o Serviço Nacional de Investigação Criminal possa fazer uma investigação mais aprofundada e que sejam responsabilizados os autores, para que o ano lectivo de 2024 possa iniciar num clima de paz”. (M.A.)