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BCI
segunda-feira, 27 novembro 2023 08:28

Arrancam hoje, à escala nacional, os exames finais da 10ª e 12ª classes

Para a 10ª classe serão avaliados 417 419 alunos enquanto para a 12ª classe serão examinados 245 367, sendo o culminar do processo de ensino e aprendizagem referente ao ano lectivo de 2023. Os alunos da 10ª farão os exames de manhã, sendo o período da tarde reservado para os da 12ª classe.

 

De acordo com o Director-Geral do Instituto de Exames e Certificação Feliciano Mahalambe, até sábado (25), os exames já estavam nos distritos para estarem mais próximos das escolas. Em entrevista à ″Carta″, Mahalambe disse que as direcções distritais começaram esta manhã a distribuir os exames, o que significa que as provas já estão nas escolas.

 

″A distribuição dos exames pelas províncias e pelos distritos também teve em conta o factor equilíbrio entre a chegada e a data da sua realização para reduzir aquelas polémicas em que os exames saem nas redes sociais ou escapam para mãos alheias antes da sua realização″, explicou a fonte.

 

Avançou que até agora ainda não foi reportado nenhum caso de fraude académica relacionado com a circulação de exames fora do circuito oficial.

 

″Nos últimos anos temos estado a reduzir a fuga dos exames. É verdade que temos conhecimento da existência de grupos de preparação para exames que alegam terem os exames, chegando ao extremo de dizer que têm as provas e os enunciados ou fichas de correcção, mas tudo isso é mentira. Quando os exames começam, os alunos notam que todo o investimento que fizeram foi em vão tanto de preparação como de pagamento porque o conteúdo dos exames verdadeiros não tem nada a ver com o que foi propalado pelos explicadores″.

 

Observou que os alunos das cidades são as principais vítimas de alegadas burlas porque se deixam guiar por whatsapp.

 

Segurança dos exames

 

Feliciano Mahalambe assegurou que os esquemas de segurança adoptados estão a funcionar devidamente, tanto de embalagem dos exames como de participação dos elementos da PRM na circulação e armazenamento das provas. Aquele responsável lembrou que as grandes escolas do país têm sempre um elemento da polícia por fora para ver quaisquer movimentos estranhos que possam afectar o decurso dos exames.

 

″Gostaria de clarificar que a colaboração com a PRM está no âmbito da circulação, armazenamento e protecção das escolas onde se realizam os exames e não de vigia de exames como foi reportado a partir do Niassa. Os agentes da polícia não são elementos de supervisão dos exames, mas sim de colaboração no armazenamento e circulação. Quem vai vigiar as provas são professores vigilantes e nunca se colocou no nosso país a necessidade da intervenção da polícia para controlo da realização dos exames nas salas de aula, como acontece no Malawi″, disse o Director-Geral do Instituto de Exames e Certificação.

 

Professores não vão boicotar exames

 

Mahalambe garantiu que os professores não vão boicotar os exames devido ao atraso no pagamento das horas extras, justificando que os docentes estão sensibilizados sobre as diligências em curso para a solução do problema.

 

″O próprio Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano tem estado em diálogo com os professores sobre o que está sendo feito ao nível do Estado para o pagamento das horas extras. Por isso não está à vista qualquer boicote a avaliar pelas informações que temos recebido de vários pontos do país″, frisou.

 

Destacou que a prova disso é que nos exames do ensino primário realizados na semana passada, todos os professores estiveram presentes para vigiar as provas e isto também vai acontecer no ensino secundário.

 

Para a 12ª classe, 7078 alunos externos serão submetidos a exame. Lembre-se que, na semana passada, 937 923 alunos da sexta classe foram avaliados em todo o país. (Carta)  

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