Dos 154 distritos do país, só 46 têm hospitais distritais e, no âmbito da iniciativa ″um distrito, um hospital″ que visa acelerar a construção de Unidades Sanitárias distritais em Moçambique e reduzir a distância que os doentes percorrem, foi concluída a construção dos Hospitais de Mulevala, Machaze, Jangamo e Bilene.
Segundo o Ministro da Saúde, Armindo Tiago, neste momento estão em construção os Hospitais de Meconta, Mopeia e Massinga e está em requalificação o Hospital de Ulónguè. Prevê-se ainda este ano o início da construção dos Hospitais de Larde, Chitima, Marrara e Inhassoro.
A informação foi apresentada esta quinta-feira, na Assembleia da República, durante a Sessão Plenária de Perguntas ao Governo. Aos deputados, Tiago disse que já foi concluída a construção de 12 hospitais, nomeadamente, o Hospital Geral da Beira e o Hospital distrital de Buzi. Referiu que estão em construção os Hospitais Gerais de Nampula e os dos distritos de Sussundenga, Maxixe e Ponta D'ouro.
“Está previsto o início da construção dos hospitais de Namuno, Muidumbe, Quissanga, Ximbonila, Ribáuè, Pebane, Molumbo, Chifunde, Gôndola, Vanduzi, Machanga, Gorongosa, Mabote, Limpopo e Boane”, acrescentou.
Tiago explicou ainda que o Governo continua empenhado em mobilizar recursos adicionais para a operacionalização de 13 hospitais que constam do Plano Quinquenal do Governo (PQG-2020-2024), nomeadamente os Hospitais de Mecanhelas, Maua, Ngauma, Lalaua, Namarói, Marromeu, Cheringoma, Doa, Macate, Govuro, Chongoene e Moamba.
Por outro lado, embora não esteja no PQG, o Governo prevê que, até 2024, todos os Hospitais distritais terão Tomografia Computorizada (TAC) e serão montados de forma progressiva visto que parte dos fundos foram usados para adquirir Ressonância.
Relativamente à cólera, o ministro da Saúde disse que 131 pessoas morreram devido à doença, desde Setembro do ano passado, de um universo de pouco mais de 30 mil casos confirmados. Entretanto, ele assegurou que a situação está controlada, tendo em conta que o surto foi considerado como o mais severo dos últimos 20 anos.
“A cólera foi claramente influenciada pela passagem do ciclone Freddy e até quarta-feira o país já tinha registado mais de 30 mil casos de cólera com 20 mil internados e 131 óbitos”, afirmou.
Falando no parlamento, o ministro da Saúde revelou que as autoridades mantêm a vigilância activa para prevenir e combater a cólera. (Marta Afonso)