A recomendação surge na sequência de várias reclamações apresentadas durante a primeira semana do Recenseamento Eleitoral, como é o caso de cartões com imagens que não são bem visíveis, câmeras que não captam imagens de idosos, máquinas com problemas nas assinaturas, entre outras anomalias. O Consórcio Eleitoral ″Mais Integridade″ observa, desde o passado dia 20 de Abril, as operações de recenseamento eleitoral em curso no país.
A organização recomenda ainda aos partidos políticos a instruir os seus fiscais, membros e apoiantes, a absterem-se de actos de violência e usar apenas os meios legais para resolver litígios.
A título de exemplo, refere o ″Mais Integridade″, em vários municípios visitados foram apresentadas várias queixas sobre partidos políticos envolvidos na mobilização de pessoas de fora da área municipal para se recensear.
Um dos casos ocorreu em Morrumbala, província da Zambézia, onde a Renamo impediu o recenseamento de cerca de 20 cidadãos de fora da área municipal que, entretanto, seriam recenseados na EPC Fraqueza.
Entretanto, na Beira, em Sofala, o MDM denunciou casos de recenseamento de pessoas residindo fora da área autárquica, alegadamente mobilizadas pela Frelimo e em Alto Molócuè, na Zambézia, um fiscal da Frelimo recenseou-se duas vezes, tendo sido descoberto, de acordo com o Boletim sobre o Processo Político em Moçambique.
Por estas irregularidades, o ″Mais Integridade″ recomendou os partidos políticos a reforçarem o número de mulheres como fiscais neste processo. (Carta)