A África do Sul declarou estado de calamidade nacional depois de as cheias provocadas pelas fortes chuvas dos últimos dias já terem deixado sete mortos e outros desaparecidos, segundo os centros de gestão de calamidades em várias províncias.
"O governo declarou estado de calamidade nacional para permitir uma resposta sustentada e coordenada ao impacto das inundações", disse a presidência em comunicado. Pelo menos cinco pessoas morreram em KwaZulu-Natal (KZN, sudeste), segundo Nonala Ndlovu, porta-voz do centro de gestão de desastres da província costeira à AFP.
Entre elas está um bebe que morreu numa casa inundada, e várias pessoas estão desaparecidas após tentarem atravessar um rio alagado. Duas outras pessoas perderam a vida na província vizinha de Mpumalanga, no nordeste do país, segundo as autoridades locais. Em Limpopo (norte), uma província fronteiriça com o Zimbabwe, foram relatados danos a um hospital. Estradas e pontes foram danificadas e carros foram arrastados.
"Os agricultores sofreram perdas de colheitas e gado", disse o gabinete do presidente num comunicado. O mau tempo exigirá o fornecimento de "abrigo temporário, alimentos e cobertores para as pessoas que perderam as suas casas, bem como a reabilitação de infra-estruturas".
O Centro Nacional de Meteorologia prevê chuvas persistentes e fortes chuvas, com risco de inundações devido a "solos saturados e rios saturados encharcados".
A África do Sul registou as piores inundações da sua história no ano passado, afectando principalmente Durban (KZN), a terceira maior cidade do país e um importante porto do continente. As fortes chuvas provocaram deslizamentos de terra que mataram pessoas e destruíram pontes, estradas e edifícios. (Carta)