Um ex-agente da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), de nome Alexandre Guiliche, foi condenado, na última quinta-feira, a 30 anos de prisão efectiva e ao pagamento de uma indemnização de 4 milhões de Meticais pela prática de diversos crimes, com destaque para assaltos a residências, violação sexual de menores e assassinatos.
Segundo o colectivo de Juízes da 6ª Secção Criminal do Tribunal Judicial da Província de Sofala, o ex-agente da UIR liderava uma quadrilha composta por oito assaltantes, que cometia atrocidades na cidade da Beira, capital provincial de Sofala. Os restantes sete meliantes também foram condenados à mesma pena de prisão e ao pagamento da mesma quantia em indemnização às vítimas.
Para o juiz de causa, Ernesto Mosqueira, os oito assaltantes mereciam uma pena superior a 30 anos de prisão, tendo em conta o número de crimes cometidos e a barbárie que caracterizava as suas acções. O Tribunal disse, por exemplo, que de Novembro de 2020 a Novembro de 2021, o grupo assassinou seis guardas; violou uma menor de 12 anos de idade; e realizou vários assaltos a restaurantes, localizados na cidade da Beira.
Entretanto, o grupo nega ter cometido as referidas barbaridades, alegando que são invenções dos agentes do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC). Diz ainda ter sido alvo de agressões físicas durante o interrogatório. (O. Omar)