O ministro da Defesa, Jaime Neto, já comunicou ao Presidente Filipe Nyusi sobre as necessidades do Exército para melhor enfrentar os insurgentes que assolam a província de Cabo Delgado, no norte do país. Nyusi conta com parceiros estrangeiros para trazerem o “kit” procurado pelo Ministro e pelo novo Chefe do Estado Maior das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), almirante Joaquim Mangrasse. Embora não contenha armas, a lista de desejos inclui veículos terrestres e helicópteros de transporte para as tropas desdobradas na província.
Diplomacia bilateral
Por sua vez, a Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, e seus embaixadores estão agora trabalhando no documento, tentando descobrir quais países estariam mais inclinados a fornecer cada item da lista. O ministério de Macamo ainda não definiu a sua estratégia mas, encorajado pelos encontros de Nyusi em Paris com o presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro português António Costa, espera que estes países vão ao encontro das necessidades do exército.
Além de doações de antigos estoques franceses e portugueses, um confiante Nyusi pediu à França para enviar uma missão de treinamento bilateral a Moçambique. Este seria um acréscimo à EUTM (European Union Training Mission) liderada por Lisboa - vários formadores portugueses já estão presentes em Moçambique, bem como um assessor de defesa a reportar directamente a Neto. Embora a cooperação marítima tenha sido mencionada - a marinha francesa já deu algum treino à pequena frota moçambicana.(A.I.)