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segunda-feira, 12 abril 2021 07:19

Ataques em Cabo Delgado: CNDS aconselha o aprimoramento das melhores formas de intervenção da SADC

Vinte e quatro horas depois de a SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral) ter optado, primeiro, pelo envio de uma equipa técnica para avaliar as necessidades do país no combate ao terrorismo, o Conselho Nacional de Defesa e Segurança (CNDS), um órgão do Estado de consulta específica para os assuntos relativos à soberania nacional e integridade territorial, defendeu a necessidade de se aprimorar as melhores formas de intervenção regional.

 

Em comunicado de imprensa, emitido na última sexta-feira, o órgão avançou que a intervenção a ser feita pelos países da região deve ter em conta os “interesses das populações de Moçambique e da SADC”.

 

A decisão saiu da IV Reunião Extraordinária do órgão, que teve lugar na passada sexta-feira. O encontro visava discutir, dentre outros assuntos, o ponto de situação da segurança e ordem públicas, com enfoque para os ataques terroristas na província de Cabo Delgado e os ataques militares que se verificam nas províncias de Manica e Sofala.

 

Lembre-se que, no seu discurso de abertura na Cimeira Extraordinária da Dupla Troika da SADC, que teve lugar na passada quinta-feira, em Maputo, o Chefe de Estado do Botswana e Presidente do Órgão de Política de Defesa e Segurança da SADC, Mokgweetsi Masisi, defendeu a necessidade de haver uma “resposta colectiva” por parte dos países da região, pelo facto de os ataques terroristas serem “uma ameaça a toda a região da África Austral”.

 

Os recentes ataques terroristas à vila-sede do distrito de Palma, ocorridos no passado dia 24 de Março e que causaram dezenas de mortos, perto de 20 mil deslocados e outros milhares de desaparecidos, constituíram a principal agenda da reunião da Dupla Troika da SADC, assim como do CNDS.

 

Os membros do CNDS, refere a nota recebida pela “Carta”, instaram as Forças de Defesa e Segurança (FDS) a “intensificarem o combate arrojado” contra os grupos terroristas “com vista a garantirem a protecção das populações, bem como criar as condições para o contínuo e rápido regresso aos pontos de origem em segurança”.

 

Porém, o órgão sublinha que a colaboração entre as populações e as Forças de Defesa e Segurança é a condição para a eliminação das ameaças à segurança nacional em todas as frentes. (Carta)

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