A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), um dos principais empreendimentos económicos de Moçambique, elegeu um novo Conselho de Administração para os próximos três anos, faltando ainda escolher o presidente, foi ontem anunciado.
O novo Conselho de Administração foi empossado na terça-feira e é constituído por quatro administradores executivos e dois administradores não executivos. Integram a nova equipa os administradores executivos Moisés Machava, Abraão dos Santos Rafael, Rui Manuel Alfredo da Rocha e Nilton Sérgio Rebelo Trindade.
Os administradores não executivos são Manuel Tomé, antigo secretário-geral da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, e João Faria Conceição. A nova equipa tem menos dois administradores que a cessante, que era composta por oito membros.
Fonte da HCB disse à Lusa que o Governo vai indicar, nos próximos dias, o novo presidente da companhia, não se sabendo se o atual, Pedro Couto, será ou não reconduzido. Antes de ser nomeado presidente da HCB em 2016, Pedro Couto era ministro dos Recursos Minerais e Energia.
A nota revela que foram ainda eleitos quatro membros da mesa da assembleia-geral e três membros do conselho fiscal.
A barragem de Cahora Bassa foi construída ainda no período colonial e era detida pelo Estado português até à sua entrega ao Estado moçambicano em 2007, no âmbito de um acordo de reversão da estrutura accionista do empreendimento
A HCB, que gere a barragem com o mesmo nome na província de Tete, no centro de Moçambique, é a maior fonte de electricidade do país. O Estado moçambicano detém 85% das acções da HCB, 7,5% pertencem à Redes Energéticas Nacionais (REN), empresa de transporte de energia de Portugal, e outros 7,5% a vários investidores que adquiriram as participações numa oferta pública de venda (OPV) em 2018. (Lusa)