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sexta-feira, 19 fevereiro 2021 08:32

Processamento da castanha de Caju: OLAM volta esclarecer sobre o encerramento das fábricas

“Foi uma decisão baseada no negócio…(..)”. Reagiu, esta sexta-feira, a OLAM naquilo que chamou de “ resposta às perguntas que foram levantadas sobre o nosso anúncio de fechar as nossas operações de processamento de caju”.

 

A multinacional reitera que a decisão do encerramento do processamento de caju é fundada nas “mudanças e desafios em todo mercado global da castanha de caju” e que não foi “directamente influenciada pelas condições nacionais”.

 

A OLAM fala também de uma “decisão difícil” e, de seguida, agradece ao Governo moçambicano pelo apoio concedido durante os 16 anos em que operou no sector.

 

“Gostaríamos de esclarecer que esta foi uma decisão baseada no negócio, como resultado das mudanças e desafios em todo o mercado global da castanha de caju. Esta difícil decisão não foi influenciada directamente pelas condições nacionais”, refere a nota de imprensa enviada, esta manhã, à “Carta”.      

 

A reacção da OLAM vem depois de, na última quarta-feira, o Governo, na pessoa do ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, ter dito que o Governo não iria reagir a comunicados que não havia recebido.

 

Celso Correia, que falava à margem da assinatura de um memorando de entendimento com a Condor, anotou que respeitavam a decisão da OLAM, ressalvando, no entanto, que o Executivo irá rever a sua relação com a multinacional, tomando em consideração seu histórico.

 

A OLAM comunicou há dias o abandono da indústria do caju devido “às tendências globais nos mercados da castanha de caju e de aceder à matéria-prima de qualidade e nos volumes necessários”.

 

Num outro desenvolvimento, a OLAM anota que o país continua a ser um importante mercado e que esperava continuar a trabalhar com o Governo moçambicano para apoiar a longo prazo o desenvolvimento do agronegócio. (Carta)  

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