A Autoridade Tributária de Moçambique (ATM) previa, este ano, colectar 261,90 mil milhões de Meticais, mas por efeitos da crise provocada pela Covid-19, viu-se obrigada a rever em baixa para 235,6 mil milhões de Meticais. A informação foi tornada pública esta quinta-feira (06), em Maputo, pelo Director de Planeamento, Estudo e Cooperação da AT, Augusto Tacarindua.
Falando durante a abertura de mais uma ronda de seminários, iniciados semana finda, onde a AT debate estratégias para elevar a arrecadação de receitas, Tacarindua disse que, com a crise, era inevitável o reajuste e a pandemia veio aumentar desafios da instituição, no tocante à cobrança de receitas.
Como consequência da crise, aquele gestor disse que, durante o primeiro trimestre, a AT só conseguiu 46%, dos 235,6 mil milhões de Meticais, uma percentagem não muita satisfatória. E, cobrar os restantes 54% até ao final do ano, “significa um grande desafio para a Autoridade Tributária. E, como é do vosso conhecimento, foi ainda ontem decretado o novo Estado de Emergência, mas espera-se que, ao longo do tempo, com prováveis relaxamentos que forem a acontecer, a economia se vá abrindo”, afirmou Tacarindua.
Se o desafio da AT é incrementar os níveis de colecta de receitas ao Estado, o Director de Planeamento, Estudo e Cooperação disse que os funcionários da AT devem, doravante, melhorar os sistemas de cobrança, aprimorar a tributação de operações transfronteiriças, desenhar estratégias para a tributação plena do sector informal da economia, bem como em negócios digitais. (Evaristo Chilingue)