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segunda-feira, 15 junho 2020 03:59

“Dívida oculta” aumentou pobreza em Moçambique

Havia 1 milhão de pessoas mais pobres em Moçambique em 2018 do que em 2015, em grande parte devido às “dívidas ocultas”, de acordo com uma pesquisa publicada pela Universidade das Nações Unidas – Wider, tornada pública a 3 de Junho. "Melhorias gerais no acesso a serviços básicos, propriedade de bens e condições de moradia parecem ter parado nos últimos anos". "Ao mesmo tempo, grande parte da população perdeu alguns de seus bens, aumentando sua privação, o que impulsiona o aumento da intensidade da pobreza", escrevem Eva-Maria Egger, Vincenzo Salvucci e Finn Tarp no jornal Wider. A diferença entre as áreas urbanas e rurais e entre o norte e o sul é ampla e crescente.

 

No seu trabalho, os autores estudam a evolução da pobreza multidimensional em Moçambique usando os dados do Inquérito Demográfico e de Saúde/Inquérito sobre Indicadores de Malária. Utilizando o índice padrão multidimensional de pobreza Alkire – Foster e o método de dominância de primeira ordem (DPO), constatam que a tendência de redução da pobreza observada entre 2009-11 e 2015 parou entre 2015 e 2018. Enquanto isso, o número de pessoas pobres aumentou, principalmente nas áreas rurais e nas províncias centrais. Por outro lado, as províncias mais pobres não melhoraram suas classificações ao longo do tempo e, entre 2015 e 2018, nenhum progresso ocorreu na maioria das áreas e províncias.

 

O estudo vai ser lançado para Moçambique a 18 de Junho. A apresentação é baseada num Working Paper da UNU-WIDER com o título Evolução da pobreza multidimensional durante um período de múltiplas crises em Moçambique. A apresentação será em Português.

 

Registe-se para participar do nosso seminário online ao vivo e participe da discussão entrando em contacto com Anette Camorai pelo Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. até a Quarta-feira, 17 de Junho de 2020. (Carta)

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