O Banco Comercial e de Investimentos (BCI), um dos maiores bancos comerciais do país, irá contar, a partir das próximas semanas, com dois novos administradores, em substituição do português José Carlos Athaide dos Remédios Furtado e do moçambicano Muktar Mamade Abdulcarimo, membros do Conselho Executivo do banco, então liderado por Paulo Alexandre Duarte de Sousa, inibido, em Agosto passado, pelo Banco de Moçambique, de exercer cargos sociais e de funções de gestão em instituições de crédito e sociedades financeiras por três anos, devido às infracções contravencionais.
Os novos administradores, segundo o jornal Savana, na sua última edição, são os moçambicanos Rogério Lam e Rui Garcez, indicados pelo banco estatal português Caixa Geral de Depósitos, o maior accionista do BCI, com 61,51%, também responsável pela indicação de Paulo de Sousa, José Furtado e Muktar Abdulcarimo
Segundo o Savana, depois da saída de Paulo de Sousa, o banco esteve sob gestão de José Furtado, mas este acabou deixando o país, em Março último, para trabalhar na empresa portuguesa Águas de Portugal.
De acordo com aquela publicação, Rogério Lam transita da Central de Marketing e da Direcção de Canais Electrónicos daquele banco, sendo que já esteve em Macau, onde trabalhou, por três anos, no Banco Nacional Ultramarino, também controlado pela Caixa Geral de Depósitos.
Por seu turno, Rui Garcez, garante o Savana, irá acumular a Direcção de Sistemas de Informação e a Direcção de Organização e Qualidade. Entretanto, sublinha o semanário, as nomeações ainda aguardam o “no objection”, espécie de um “parecer favorável”, a ser emitido pelo Banco de Moçambique.
Segundo o Savana, Luís Marques Aguiar, Miguel Alves e Correia dos Reis irão permanecer como administradores do banco, em representação do Banco Português de Investimento (BPI), o segundo maior accionista do BCI, com 35,67%, enquanto Manuel Soares renova o mandato, pela Caixa Geral de Depósitos.
Refira-se que o Conselho Executivo do BCI, órgão responsável pela gestão do banco, é constituído por sete membros, sendo presidido por um dos membros do órgão, designado Presidente do Conselho Executivo.
Sublinhar que Paulo Sousa liderou o Conselho Executivo do BCI de 2013 a 2019. Até Agosto de 2019, o BCI contava com 203 agências e unidades de negócio espalhadas pelo país, das quais 55 em zonas rurais. (Carta)