Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse ontem que está disposto a dar a vida pela preservação da paz no país, considerando esse compromisso uma prioridade absoluta.
"No mandato que agora começa, continuaremos a apostar na preservação da paz, como condição indispensável do desenvolvimento, continuaremos, nem que isso nos custe a vida, a defender e promover a paz", insistiu Filipe Nyusi, no seu discurso de tomada de posse para um segundo e último mandato na Presidência da República.
A paz foi e será a prioridade absoluta nos próximos cinco anos, tal como foi no primeiro mandato, referiu o chefe de Estado moçambicano.
Filipe Nyusi prometeu estimular o diálogo franco e aberto com todas as forças políticas e sociais, como mecanismo privilegiado de preservação e resolução de conflitos e promoção da coesão nacional.
"A nossa força vem da nossa diversidade e da nossa riqueza social e cultural, continuaremos a implementar ações que visam a valorização da nossa diversidade etnolinguística, religiosa e racial, como nação una e indivisível", assinalou, num discurso várias vezes aplaudido pelo público presente.
O chefe de Estado moçambicano defendeu que a diferença de opinião é um valor que deve ser estimulado, porque é gerador de alternativas na solução dos problemas do país.
O aprofundamento das instituições democráticas e a consolidação do processo de descentralização serão também os pilares do ciclo governativo que se iniciou hoje, apontou o chefe de Estado.
"Não haverá inclusão nem participação dos cidadãos nos processos da governação, se cada um dos moçambicanos não tiver as mesmas oportunidades de acesso aos serviços públicos, à justiça e aos recursos nacionais", destacou.
Filipe Nyusi abordou o tema da corrupção, assinalando que o seu Governo vai apostar no combate a este mal, mas repudiando a "caça às bruxas".
"Não haverá pequenos e grandes corruptos, tocáveis ou intocáveis. Neste exercício de combate à corrupção, nos distanciaremos dos que pretendem substituir a ação institucional da justiça por uma operação de caça às bruxas", frisou o Presidente moçambicano.
Os funcionários públicos, empresas públicas e privadas devem atuar com integridade, ética e deontologia profissional, visando consolidar a cultura de transparência, prestação de contas e responsabilização, acrescentou.
Filipe Nyusi apontou a criação do emprego, principalmente para os jovens, como um dos eixos da sua governação e pilar para o desenvolvimento e estabilidade.
"Moçambique é um país de jovens, não haverá desenvolvimento de Moçambique sem o envolvimento de jovens", sublinhou.
Nesse sentido, prosseguiu, será intensificada a aposta na edução e formação profissional dos jovens, bem como o seu envolvimento no espaço político e na produção e produtividade.
"Ligado à Presidência, funcionará um gabinete que irá lidar, de forma exclusiva e diretamente com os assuntos relacionados com a juventude e emprego", anunciou o chefe de Estado moçambicano.
O Presidente moçambicano concluiu o seu discurso de investidura com a frase que mais tem pronunciado nos últimos tempos.
"Sempre disse e continuo a dizer que Moçambique tem tudo para dar certo", concluiu.(Lusa)